"Ampliou horário, mas não ampliou acesso", diz Dani Portela ao apresentar seus planos para a saúde e criticar a atual gestão em entrevista

Em entrevista, a candidata à prefeitura, Dani Portela, apresenta seus planos para a moradia, saúde e educação, destacando acesso e inclusão

Publicado em 25/09/2024 às 18:33

A candidata à Prefeitura do Recife pelo PSOL/Rede, Dani Portela, participou nesta quarta-feira (25) do programa Espaço Político, onde detalhou suas propostas de governo, como o “Bom de Teto”, voltado para moradia e habitação, além de iniciativas para saúde e educação.

Durante o programa, ela também mencionou uma de suas principais propostas: o retorno do “Orçamento Participativo”, um programa implementado durante a gestão do ex-prefeito João Paulo (PT).

Moradia

A postulante destacou o “Bom de Teto” como um dos pilares de sua campanha. Segundo ela, é necessário começar pela “melhor escolha de recursos públicos”. A proposta prevê a utilização de imóveis abandonados, que seriam reformados para se tornarem moradias populares, escritórios, coworking ou startups.

Ela também abordou a relação entre moradia e transporte público, sugerindo aluguéis sociais como solução. Para a candidata, essa medida permitiria que funcionários morassem perto de seus locais de trabalho, o que facilitaria o trânsito, que, segundo ela, “superou São Paulo” em termos de congestionamento.

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Saúde

Na área da saúde, a socialista criticou a atual gestão do prefeito João Campos (PSB), destacando que o programa "Unidade de Saúde da Família +" não é suficiente e que a ampliação realizada não resolveu os problemas.

“Ampliou horário, mas não ampliou acesso. Porque antes a pessoa tinha atendimento a qualquer hora. Hoje, existe um sistema de rodízio, por exemplo, no horário da manhã são atendidos os bairros A, B e C e à tarde, D, E e F. É como se precisasse marcar hora para adoecer”, afirmou.

Ela também propôs focar em políticas de saúde para pessoas com deficiências (PCDs) e neurodiversidade, sugerindo o aumento do número de médicos capacitados, melhorias na acessibilidade e a contratação de intérpretes para hospitais e emergências.

“Muitas mães atípicas, de crianças autistas, por exemplo, levam de três a quatro anos para receberem o diagnóstico dos seus filhos. Existem hoje na rede municipal poucos médicos especializados, como neurologistas e neuropediatras. Então, esse é um enorme obstáculo na saúde do Recife”, disse.

Educação

Em relação à educação, a candidata defendeu a ampliação de vagas em creches, a realização de mais concursos públicos e o apoio aos profissionais que atuam na educação de crianças com necessidades especiais.

"Uma educação pública de qualidade valoriza quem estuda e quem trabalha com educação. A comunidade escolar ela é transformada a partir de investimento em educação", afirma.

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