EUA defendem direito de defesa de Israel contra Hezbollah e qualquer grupo apoiado pelo Irã

Morte de líder do Hezbollah é 'medida de justiça para suas muitas vítimas, incluindo milhares de americanos, israelenses e libaneses', disse Biden

Publicado em 28/09/2024 às 17:53 | Atualizado em 28/09/2024 às 17:55

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em um comunicado que o país "apoia totalmente o direito de Israel se defender contra o Hezbollah, o Hamas, os Houthis, e qualquer outro grupo terrorista apoiado pelo Irã".

A manifestação do presidente americano ocorre em meio à escalada das tensões no Oriente Médio, após um bombardeio de Israel resultar na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, no Líbano.

"Sua morte em um ataque aéreo israelense é uma medida de justiça para suas muitas vítimas, incluindo milhares de americanos, israelenses e civis libaneses", disse.

Redução do risco de guerra regional

Biden destacou que ontem instruiu o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, a aprimorar ainda mais a postura de defesa das forças militares dos EUA na região do Oriente Médio para reduzir o risco de uma guerra regional mais ampla.

"Em última análise, nosso objetivo é diminuir a escalada dos conflitos em andamento tanto em Gaza quanto no Líbano por meios diplomáticos", salientou Biden, que disse buscar um acordo na ONU para um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza.

No Líbano, acrescentou, os EUA têm negociado um acordo que permitiria que as pessoas retornassem com segurança para suas casas em Israel e no sul do Líbano. "É hora de esses acordos serem concluídos, para que as ameaças a Israel sejam removidas e para que a região mais ampla do Oriente Médio ganhe maior estabilidade", frisou.

Ordem de saída

A declaração do presidente foi divulgada no momento em que Departamento de Estado ordenou a saída das famílias dos seus diplomatas em Beirute e autorizou a saída de alguns funcionários "devido à situação de segurança volátil e imprevisível" na cidade.

A diplomacia dos Estados Unidos também pede aos "cidadãos americanos que deixem o Líbano enquanto as opções comerciais estiverem disponíveis".

Fontes militares de Israel anunciaram na manhã deste sábado que Nasrallah, que liderou o movimento armado Hezbollah por mais de três décadas, morreu em um bombardeio direcionado à sede do grupo em um subúrbio ao sul de Beirute na sexta-feira.

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