Urna eletrônica: entenda todos os mecanismos de segurança do equipamento

As urnas eletrônicas vão abastecer mais de 180 municípios de Pernambuco; descubra quais são os principais mecanismos de segurança do TRE-PE

Publicado em 04/10/2024 às 9:00

A urna eletrônica, utilizada nas eleições brasileiras, é considerado um dos equipamentos mais seguros e confiáveis do mundo, devido à combinação de diversos mecanismos de proteção.

Em 1996, a urna eletrônica foi usada pela primeira vez, nas Eleições Municipais em 57 cidades do país, incluindo as 26 capitais e as cidades com mais de 200 mil eleitores.

Naquele ano, cerca de 32 milhões de eleitores e eleitoras puderam votar de forma eletrônica. Em 2024, 184 municípios de Pernambuco recebem os equipamentos para a votação, neste próximo domingo (6).

Mecanismos de segurança da urna eletrônica

O sistema foi desenvolvido com múltiplas camadas de segurança para garantir a integridade dos votos e a inviolabilidade do processo eleitoral.

Entre os principais mecanismos de segurança estão a assinatura digital e a criptografia, que protegem os dados dos eleitores e dos votos.

Sem conexão com a internet

Em entrevista à TV Jornal, George Maciel, secretário de tecnologia e informação do TRE, ressalta que as urnas eletrônicas não têm conexão Wi-Fi.

Dessa forma, ela funciona de maneira independente, sem conexão à internet, o que impede ataques de hackers.

Antes de cada eleição, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza o Teste Público de Segurança (TPS), onde especialistas tentam identificar possíveis vulnerabilidades no sistema, contribuindo para aprimorar a proteção do equipamento.

Além disso, todas as urnas passam por auditorias, que verificam seu bom funcionamento e autenticidade antes de serem enviadas às zonas eleitorais.

Transporte das urnas

O transporte de urnas é realizado por um complexo sistema logístico: os caminhões são lacrados, escoltados por policias e as chaves das portas são recolhidas.

"Não tem possibilidade nenhuma das urnas serem abertas antes do tempo. E mesmo que isso acontecesse, elas contam com criptografia e são testadas no TSE, com equipes da Polícia Federal. Ninguém nunca conseguiu vunerabilizar uma urna eletrônica brasileira."

Lacres químicos

Os lacres da urna eletrônica, confeccionados pela Casa da Moeda, desempenham um papel crucial na segurança do equipamento durante as eleições. Esses lacres possuem propriedades químicas avançadas que indicam qualquer tentativa de violação.

Caso sejam removidos ou adulterados, os lacres alteram sua cor ou mostram sinais visíveis de rompimento, evidenciando a interferência.

Cada urna eletrônica recebe esses lacres após ser auditada e preparada para a eleição, garantindo que chegue às zonas eleitorais inviolada. A presença desses dispositivos reforça a segurança física da urna, impedindo que qualquer alteração não autorizada seja realizada após o fechamento do equipamento.

Boletim de urna

A "zerésima" é um dos mecanismos de segurança adotados pela Justiça Eleitoral brasileira para garantir a lisura das eleições. Trata-se de um documento impresso pelas urnas eletrônicas antes do início da votação, que comprova que não há nenhum voto registrado no equipamento, ou seja, que a urna está "zerada".

Após a votação, um boletim de urna é impresso e disponibilizado ao público, permitindo a conferência dos votos registrados. Todas essas medidas visam assegurar a confiabilidade e a transparência do processo eleitoral, reforçando a confiança da população nas eleições brasileiras.

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