Após vitória de Trump, derrota de Lula em 2026 não é "hipótese descartada", afirma Humberto Costa
Para o senador petista, vitória de Donald Trump nos Estados Unidos acendeu um sinal de alerta para as eleições no Brasil em 2026
O senador Humberto Costa (PT) afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que a derrota de Lula em uma possível tentativa de reeleição em 2026 não é uma hipótese descartada.
“Não que estejamos preocupados que Lula vá perder a eleição. Eu acho que isso seria uma avaliação muito precipitada e fora daquilo que estamos assistindo. Mas, sem dúvida, nós temos que nos preocupar que não é uma hipótese inteiramente descartada”, avaliou.
Para ele, a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos acendeu um sinal de alerta porque, até pouco tempo, ele poderia ser considerado “um acidente na história”. “O alerta surge para nós porque passamos por um governo com características muito semelhantes”, disparou o petista.
Eleições municipais
O senador Humberto Costa comentou, ainda, o desempenho do PT nas eleições municipais de 2024. De acordo com ele, o partido não definiu uma meta numérica, mas alcançou um desempenho melhor do que em 2020.
“Nós optamos por estabelecer uma estratégia em que não iríamos definir uma meta numérica. Decidimos que queríamos e tivemos um desempenho melhor do que aquele que tivemos em 2020 que foi o fundo do poço para nós nas eleições municipais”, completou.
Embate público
Durante a entrevista, Costa falou sobre o embate público entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O desentendimento aconteceu no último dia 28, após o ministro declarar que o partido estava na “zona de rebaixamento” com o resultado das eleições municipais.
“O PT é um partido que tem um processo de funcionamento interno bastante democrático, ninguém está proibido de dar opinião. Obviamente que as nossas contradições é melhor que tratemos internamente”, declarou.
Para ele, Padilha foi “infeliz” na sua colocação. “Ele acompanhou desde o início o trabalho que nós fizemos e se a eleição não foi o que ele imaginava que deveria ser, não foi por um equívoco da decisão partidária, então não cabia muito aquela colocação”, afirmou.