Ex-presidente Jair Bolsonaro se pronuncia sobre explosões em Brasília; veja demais autoridades
Ex-candidato a vereador bolsonarista explodiu artefatos na Praça dos Três Poderes e morreu na explosão; confira pronunciamento das autoridades

Um homem, identificado como Francisco Wanderley Luiz, natural de Santa Catarina, realizou uma sequência de explosões, na noite da quarta-feira (13), e morreu ao ser atingido pelos próprios artefatos.
Ele transportava em seu carro diversos objetos explosivos. O veículo explodiu e ficou parcialmente destruído.
Momentos antes da explosão, o suspeito fez uma publicação nas redes sociais com ataques ao Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes das duas Casas do Congresso Nacional.
O homem foi candidato a vereador em 2020, pelo Partido Liberal (PL). Ele se lançou na disputa para a Câmara Municipal de Rio do Sul, município no interior de Santa Catarina, mas não foi eleito, tendo conseguido apenas 98 votos.
Pronunciamento do Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro pediu "pacificação" e repudiou o "fato isolado" cometido por Francisco Wanderley Luiz:
"Lamento e repudio todo e qualquer ato de violência, a exemplo do triste episódio de ontem na Praça dos Três Poderes. Apesar de configurar um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou falecendo, é um acontecimento que nos deve levar à reflexão.
Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força. A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação.
E as instituições têm um papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união. Por isso, apelo a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional. Quem vai ganhar com isso não será um ou outro partido, líder ou facção política. Vai ser o Brasil".
Erika Hilton
A deputada Erika Hilton (PSOL) conversava com jornalistas no momento de explosões. Barulhos foram ouvidos e registrados pelas pessoas presentes e o vídeo viralizou nas redes sociais.
Por meio do X (antigo Twitter), a parlamentar relatou o ocorrido:
"Estamos evacuando a Câmara dos Deputados nesse momento, por conta dessas bombas que foram explodidas do lado do Supremo Tribunal Federal e outra aqui na porta do estacionamento da Câmara. Isso é muito grave e a gente precisa de uma resposta contundente.
Estamos todos bem, não houve nenhum dano à Câmara e nem nada que coloque a nossa vida em risco, estamos tentando sair com segurança, em segurança e acompanhar o que significa esse atentado a bomba aqui nos Três Poderes. Qualquer novidade, venho atualizar vocês. Que dia. As bruxas estão soltas. Socorro".
Geraldo Alckmin
O vice-presidente Geraldo Alckmin não estava no Brasil no momento das explosões. Ele se encontra em Baku, onde participa da COP29, cúpula do G20. Ele afirmou:
“Triste e grave. Triste pela perda de vida e grave por ser um atentado a uma instituição da República, a um poder da República, que deve ser apurado com extrema rapidez e extremo rigor. E é isso que acredito que os órgãos de segurança o farão.
É permanente o trabalho no sentido de reduzir essa violência, esses atos absurdos. que comprometem a paz, a democracia, comprometem a segurança. Mas nós temos instituições sólidas e a apuração será rigorosa".
Alexandre de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que os explosivos detonados reforçam a importância de regulamentar as redes sociais.
"As autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir exatamente para que haja responsabilização, para que haja uma regulamentação das redes sociais. Não é possível mais esse envenenamento constante pelas redes sociais.
Ontem é demonstração que só é possível pacificar o País com responsabilização dos criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. Nós sabemos que o criminoso anistiado é um criminoso impune. A impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem", destacou Moraes nesta quinta-feira.
As pessoas acham que podem vir a Brasília e tentar explodir STF porque foram instigadas por pessoas com altos cargos a atacar.
A pessoa tentou ingressar no Supremo, mas foi barrada pela segurança, que percebeu que tinha artefatos amarrados, e se dirigiu até a estátua da Justiça. A ideia era tentar ingressar e explodir dentro do próprio Supremo Tribunal Federal".
Ele também afirmou que esse foi o "atentado mais grave" contra o Supremo desde o 8 de janeiro.