PF realiza operação contra grupo que planejou impedir posse de Lula

O grupo criminoso planejava os assassinatos do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes

Publicado em 19/11/2024 às 8:24 | Atualizado em 19/11/2024 às 9:34
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A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta terça-feira (19), uma operação contra um grupo criminoso responsável por planejar os assassinatos do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Pelo menos dois militares faziam a segurança dos líderes que participam da cúpula do G20, no Rio de Janeiro. 

De acordo com a PF, o grupo que é formado por integrantes das Forças Especiais (FE), chamados de "kids pretos", tinha como objetivo um golpe de estado para impedir a posse do governo eleito em 2022.

Agentes da Polícia Federal cumprem cinco mandatos de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares.  

Ainda de acordo com a instituição, entre os alvos da investigação estão quatro militares (incluindo um ex-assessor de Jair Bolsonaro) e um policial federal. 

"As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022", descreve a PF em nota.

Os cumprimentos dos mandatos foram realizados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes e foram cumpridas até as 6h50 desta terça-feira.

Presos no G20? 

Os militares presos no Rio de Janeiro estavam participando da segurança dos líderes do G20. A informação foi confirmada pela GloboNews.

"Punhal Verde e Amarelo" 

O planejamento feito pelos investigados era denominado como "Punhal Verde e Amarelo". De acordo com o planejamento, os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes deveriam ter ocorrido no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  

A Polícia Federal informou que o ministro Alexandre de Moraes era um alvo sempre monitorado. 

Após o planejado, o grupo previa a instituição de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", com objetivo de lidar com as consequências das ações. 

Presos

  • Hélio Ferreira Lima, integrante dos “kids pretos”, grupo treinado para atuar em missões sigilosas e em ambientes hostis e politicamente sensíveis;
  • Mario Fernandes, general da reserva e ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro (PL);
  • Rafael Martins de Oliveira, integrante dos “kids pretos”;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrante dos “kids pretos”;
  • Wladimir Matos Soares, policial federal.

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