Alepe assina ordem de serviço para reforma do Palácio Joaquim Nabuco, que será transformado em museu; confira detalhes do projeto
Presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB) enfatizou em discurso que é um "dia histórico" para a Casa Legislativa; Obras começam em dezembro
Em cerimônia realizada na manhã desta terça-feira (26), foi assinado o contrato entre a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e o consórcio vencedor da licitação para a reforma e restauração do Palácio Joaquim Nabuco, antiga sede da instituição.
A construção do museu está orçada em cerca de R$ 24 milhões, financiada com recursos próprios da Alepe. As obras, que iniciam em dezembro deste ano, seguirão orientações de conservação do patrimônio estadual, estabelecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Palácio é tombado em níveis municipal, estadual e federal.
Em discurso antes da assinatura do contrato, o deputado Álvaro Porto (PSDB), presidente da Alepe, enfatizou que é um “dia histórico” e lembrou que iniciou como deputado no Palácio Joaquim Nabuco, o qual considerou um "patrimônio afetivo".
“Hoje é um dia histórico e de grande satisfação para todos os que fazem a Alepe. Inclusive, é um dia muito especial para mim. Eu comecei aqui como deputado, aqui no Palácio Joaquim Nabuco, esse patrimônio arquitetônico, histórico e, principalmente, afetivo da Assembleia, do Recife e de Pernambuco”, disse.
Ainda de acordo com Porto, a restauração do Palácio representa a “preservação da memória do Poder Legislativo” de Pernambuco. Para o presidente da Alepe, o novo equipamento dá à população pernambucana a oportunidade de acesso ao “valioso acervo” do Palácio.
“O museu a ser criado aqui vai disponibilizar conteúdos e materiais que contam a história de grande parte da política pernambucana. Uma história feita por servidores, deputados e deputadas que ao longo desses 189 anos atuaram nessa Casa, dando sua contribuição para o desenvolvimento do estado. Com o novo equipamento, a população pernambucana terá acesso a documentos históricos, salões, gabinetes e sala de reuniões, ambientadas com mobília, obra de artes e objetos decorativos originais. Um valioso acervo que é a testemunha de debates, decisões e fatos relevantes que aconteceram sobre essa cúpula monumental”, afirmou.
O presidente da Alepe completou, destacando o investimento de recursos próprios do Poder Legislativo estadual, para transformar o palácio em um equipamento cultural de potencial para pesquisa, turismo e entretenimento.
“A Assembleia está, portanto, investindo recursos próprios num projeto que dotará o Recife, Pernambuco e o País de um equipamento cultural moderno, rico em história, com potencial para estimular pesquisa, turismo e entretenimento, e de quebra, localizado numa das regiões mais bonitas da capital”, completou.
Para o primeiro-secretário da Alepe, o deputado Gustavo Gouveia (Solidariedade), a transformação do Palácio em um museu representa a “concretização do esforço da Mesa Diretora” da Alepe, para que a Casa se torne “mais próxima de cada pernambucano”.
“Todos nós presentes nessa cerimônia temos a certeza de que estamos participando nesse momento histórico, não apenas pela representação do poder popular, que a Assembleia Legislativa traduz, mas, sobretudo por estarmos iniciando uma grande entrega para a população pernambucana. O restauro da reforma do museu Palácio Joaquim Nabuco é a concretização do esforço da Mesa Diretora com essa sólida união construída entre a presidência, a primeira secretaria e os demais representantes da mesa, para que essa casa se torne cada vez mais próxima de cada pernambucano e de cada pernambucana”, disse.
Conheça o projeto
O projeto prevê a restauração completa do prédio, construído em 1887. O Palácio, de estilo neoclássico e construção inspirada na arquitetura greco-romana, passará por recomposição com manutenção da originalidade dos móveis antigos e da estrutura arquitetônica.
O museu contará com três pavimentos. Segundo a Alepe, a iniciativa pretende proporcionar uma “imersão autêntica na história do parlamento pernambucano”. Estão previstos espaços interativos, como no salão nobre, onde funcionava o antigo plenário da Casa do Legislativo estadual, que receberá atividades de simulação de debates.
Neste formato, os visitantes poderão se familiarizar e interagir com a legislação de Pernambuco, podendo utilizar o plenário como se fossem deputados, sugerindo projetos, discursando ou debatendo temas de interesse da sociedade, ou apenas assistindo às sessões das galerias, que serão projetadas em telão.
Os locais anteriormente usados pela presidência da Alepe, a antiga sala de reunião dos deputados, com seus móveis, cadeiras e mesas seculares e obras de arte, entre outros setores da Casa, serão recompostos, preservando a originalidade, e transformados em áreas contemplativas. Os salões contarão a história da política pernambucana desde a construção do prédio, em 1887, até os dias atuais.
Pavimentos
No térreo, o museu terá uma sala de recepção para acolher os visitantes com loja de souvenirs, ilha de exposição com telas que contarão um pouco da história do parlamento, área para exposições temporárias e um café/lanchonete.
Na parte central/circular, o visitante encontrará o plenário, com parte do mobiliário desmontável que pode ser removido para novas exposições ou eventos. É nesse espaço que ocorrerão as plenárias simuladas pelos visitantes.
No primeiro andar, onde fica o salão nobre com mobiliário histórico, local das antigas reuniões parlamentares, será possível acessar documentos históricos de forma rápida e prática, áreas temáticas da legislação como cidadania, urbanização, saúde e educação, além de uma cronologia do Palácio Joaquim Nabuco.
Ainda no primeiro pavimento, será reproduzida a sala da presidência com mobiliário original e a galeria dos ex-presidentes da Alepe. Haverá também um espaço interativo chamado “Fale com o Museu”, onde os visitantes deixarão comentários, críticas e sugestões. Já o segundo andar terá uma área exclusivamente técnica, com funcionamento das salas de controle segurança, diretoria, coordenação e sala de reunião do museu.