'Ele será o favorito para vencer', afirma especialista sobre possível reeleição de Lula em 2026
O Datafolha divulgou, nessa terça-feira (17), uma pesquisa sobre o governo do presidente; aprovação de 35%, enquanto 34% reprovam a gestão Lula
O Datafolha divulgou, nessa terça-feira (17), uma pesquisa sobre o governo do presidente Lula (PT). De acordo com o levantamento, Lula tem aprovação de 35%, enquanto 34% reprovam a gestão.
Para o cientista político Adriano Oliveira, o petista terá grandes chances de ganhar as eleições presidenciais em 2026, caso concorra à reeleição e parta para o seu quarto mandato. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal. "Se o presidente Lula for candidato à reeleição, ele será o favorito a vencer", disse.
A pesquisa também aponta que 29% dos entrevistados veem a gestão como regular, além de uma oscilação negativa dentro da margem de erro. No mês de outubro, 32% dos entrevistados avaliavam o governo Lula como ruim ou péssimo, subindo para 34% em dezembro. Os que avaliavam como ótimo ou bom, que em outubro eram 36%, agora são 35%.
Confira as porcentagens
- Ótimo/Bom: 35% (36% em outubro);
- Ruim/Péssimo: 34% (32% em outubro);
- Regular: 29% (29% em outubro);
- Não sabem: 1% (2% em outubro).
Apesar do favoritismo do presidente Lula, o cientista político ressaltou que o lulismo chegou ao limite. "Após a operação lava jato e do bolsonarismo, o lulismo chegou ao limite e esse limite do lulismo ao meu ver, considerando um bom desempenho econômico é de 50% de aprovação. Portanto, esse resultado que foi divulgado pelo Datafolha ele mostra a realidade do governo Lula", afirmou.
"O que o Datafolha mostra claramente e que pra mim é o dado mais importante, e que corrobora com a pesquisa da Genial Quaest divulgada semana passada, é que para 58% dos brasileiros o governo lula fez menos do que eles esperavam, ou seja, é um governo que o eleitor o considera razoável", completou.
A tentativa da direita
O especialista ressalta que o que beneficia o governo em 2026 "é a ausência de uma oposição de direita não bolsonarista".
"Então, o que nós temos hoje é Caiado [Ronaldo Caiado] que vai pra lá, vai pra cá mas não condena as tentativas de golpe, apesar de ter uma alta avaliação do estado de Goiás, mas ele não consegue se desatrelar do bolsonarismo", relembra.
"Temos o Tarcísio de Freitas que já recuou pelo motivo muito óbvio, é melhor ter uma reeleição garantida em São Paulo, até porque a esquerda não tem um candidato natural para o governo paulista, então hoje ele [Tarcísio de Freitas] é o favorito", afirmou.
Pablo Marçal em 2026?
Durante a entrevista, Adriano apontou a possibilidade de Pablo Marçal estar presente nas eleições de 2026.
"Se o Pablo Marçal decidir ser um candidato moderado, ser de um direita moderada e, consequentemente, abandonar o bolsonarismo e se mostrar um candidato do sistema, capaz de dialogar com o centrão, capaz de dialogar e sentar com as instituições, ele tende sim a ser um candidato competitivo", cravou Oliveira.
"O primeiro motivo é o anti lulismo, ele chegará presente em 2026, independente do desempenho da economia. Em segundo lugar, Pablo Marçal fala para dois tipos de eleitores que o PT insiste em não falar", completou.
De acordo com o cientista, Marçal dialoga com públicos estratégicos importantes, como os evangélicos e o empresariado.
O que favorece Lula?
Para o especialista, Lula tem um grande poder de articulação política, favorecendo e reafirmando seu favoritismo para as próximas eleições.
"O que favorece o presidente Lula hoje é a sua grande capacidade de articulação, é a força das instituições contra o bolsonarismo radical e uma direita que insiste, apesar de ter bons candidatos, em serem viúvos do bolsonarismo", disse.
Assista a entrevista completa
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