Prefeitura de Ipojuca é alvo de operações do MPPE contra corrupção e organização criminosa; duas pessoas foram presas

Ações investigam fraude em licitação, corrupção, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro, entre outros crimes

Publicado em 18/12/2024 às 9:50 | Atualizado em 18/12/2024 às 11:44
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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou duas operações conjuntas na manhã desta quarta-feira (18) em Ipojuca, no Grande Recife. As ações investigam fraude em licitação, corrupção, falsidade ideológica, organização criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros crimes. A sede da prefeitura foi um dos alvos.

Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Ipojuca. O MPPE não informou onde as pessoas foram presas, nem quem são elas.

As ações contaram com apoio das polícias Civil e Militar e Gaecos de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Além da prefeitura de Ipojuca, secretarias municipais também foram alvo das buscas. Uma delas foi a de Habitação. Foram apreendidos celulares, computadores, documentos, dinheiro em espécie, relógios, entre outros itens.

Divulgação/MPPE
Operação do MPPE apreende dinheiro em Ipojuca - Divulgação/MPPE
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Operações do MPPE cumprem mandados em Ipojuca - Divulgação/MPPE
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Operações do MPPE cumprem mandados em Ipojuca - Divulgação/MPPE

A Operação Patranha investiga um grupo criminoso acusado de operar fraude na produção de Atas de Registro de Preços da Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco (AMMESF), que tem sede em Minas Gerais. Os itens da ata foram majoritariamente vendidos em municípios de Pernambuco, com destaque para Ipojuca.

Uma das fraudes apontadas pelo MPPE foi a compra, com "fortes edivências de sobrepreço", de 6 milhões de adesivos equivalente a mais de 60 vezes a população da cidade. Os contratos da prefeitura de Ipojuca com a gráfica envolvida na fraude somam mais de R$ 20 milhões entre 2021 e 2023.

Os indícios apontam para a venda de notas fiscais, sem a entrega de todo o material formalmente contratado. Os promotores estiveram nos almoxarifados do município à procura de provas dos crimes cometidos pelo grupo.

No âmbito dessa operação, a Justiça também determinou o bloqueio preventido de contas bancárias, imóveis e automóveis do grupo criminoso.

Esquema em empreendimentos imobiliários

A prefeitura de Ipojuca também foi alvo da Operação Habite-se, que investiga um suposto esquema criminoso na área de licenciamento de empreendimentos imobiliários. De acordo com o MPPE, há indícios de que um grupo de servidores exigia vantagens para a concessão de licenças.

A investigação teve início após um empresário do ramo da construção civil apresentar denúncia.

Os crimes investigados são de concussão, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O Poder Judiciário expediu mandados de busca e apreensão.

As operações foram deflagradas pelas promotorias de Justiça Criminais de Ipojuca e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE).

A prefeitura de Ipojuca informou que a prefeita Célia Sales não foi alvo de busca e apreensão na operação e que está aguardando acesso aos autos do processo para se manifestar.

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