Eleito novamente para a presidência da Câmara dos Vereadores, Romerinho Jatobá projeta 2025 no Legislativo

Entre as discussões previstas para os vereadores em 2025, estão a Lei de Uos e Ocupação do Solo, Lei dos Modais, e uma nova sede para a Câmara

Publicado em 03/01/2025 às 19:05 | Atualizado em 03/01/2025 às 19:11
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Vereador mais votado do Recife no pleito municipal e eleito para o terceiro mandato como presidente da Câmara Municipal, Romerinho Jatobá (PSB) foi o entrevistado do Passando a Limpo, na Rádio Jornal, nesta sexta-feira (3), onde projetou o 2025 da Câmara e comentou a relação do Legislativo municipal com a população.

De acordo com Romerinho, a Câmara tem conseguido, “ano após ano”, atingir um “recorde de produtividade”, citando a implantação da informatização do processo legislativo na Casa. Apesar do bom resultado do Legislativo, observado enquanto presidente, Romerinho acredita que, com esse ritmo, a Câmara possa se aproximar ainda mais da população recifense.

“A gente espera continuar com esse ritmo, dando celeridade aos projetos para que as políticas públicas cheguem na ponta com mais velocidade. E a gente também espera aproximar ainda mais a Câmara da População [...] A Câmara trabalha muito, a Câmara está sempre produzindo algo para o Recife, mas nem sempre o recifense toma conhecimento. E a gente precisa fazer essa aproximação”, disse.

Entre as questões centrais de debate para 2025, Romerinho destacou a Lei de Uso e Ocupação do Solo e a Lei dos Modais. De acordo com o presidente da Câmara, as pautas são importantes, geram debate e precisam ser bem discutidas.

Nova sede da Câmara

Defensor de uma nova sede para a Câmara Municipal, Romerinho Jatobá afirmou que o tema é prioridade para a nova gestão, do biênio 2025-2027, enfatizando que a sede atual deixa a desejar em termos de estrutura, mas ressaltou que a mudança precisa ser para um espaço adequado.

“Eu digo que não adianta a Câmara se mudar por se mudar. A gente tem que mudar para um espaço que seja adequado, que seja no centro da nossa cidade e que atenda às nossas expectativas. Hoje a Câmara funciona em um prédio que foi uma escola em 1965, tinha um número muito menor de vereadores. Hoje esse número é bem maior do que lá no início e as instalações, de fato, estão deixando a desejar. Não só para os vereadores, mas para os servidores, os recifenses que nos visitam, que vão lá levar sua demanda, para vocês da imprensa que cobrem e trabalham”, disse.

Questionado sobre a viabilidade para uma nova sede da Câmara, o vereador lembrou que havia um orçamento que era colocado em um fundo, mas após alteração na Constituição Federal, que proibiu fundos das Câmaras, os valores foram devolvidos ao município. Apesar disso, Romerinho enfatizou que a Câmara tem saldo suficiente e está preparada para realizar a aquisição do novo prédio.

Relação da Câmara com o recifense

Questionado sobre a relação da Câmara com o recifense, Romerinho enfatizou que a Câmara está “sempre aberta” e lembrou que, durante a pandemia da Covid-19, houve um aumento na audiência das transmissões das sessões e que a manutenção dessas exibições fazem parte de um projeto de aproximação da Casa com a população do Recife.

“A câmara tá sempre aberta, nossas sessões são transmitidas ao vivo, a gente recebe nas nossas galerias constantemente o recifense, agora lógico que quando é um assunto que trata de uma certa categoria, tem uma pauta que dá um interesse maior a um certo grupo de pessoas da cidade, tem uma intensidade maior na cobrança, na fiscalização, no acompanhamento”, afirmou.

“Durante a pandemia nós tivemos um aumento no acompanhamento das nossas sessões pelos canais de transmissão, acho que se dá pelo justamente do fato de não poder ir acompanhar, começou a acompanhar pela internet e virou um costume, então isso faz parte também do nosso programa aqui de governo de tentar aproximar cada vez mais a câmara do recifense”, complementou.

Ainda de acordo com Romerinho, o acompanhamento das sessões é fundamental para o eleitor poder fiscalizar o seu representante, bem como “enxergar o que a Câmara faz”, citando a oportunidade de reconhecer o trabalho de cada vereador.

“Eu digo sempre que é importante o eleitor saber em quem tá votando. Ele só vai saber se o vereador trabalhou o suficiente para ser reconduzido na próxima eleição se ele acompanhar o trabalho. Então a gente precisa fazer com que as pessoas acompanhem. Eu tenho muita convicção do trabalho que eu realizo, estou no meu quarto mandato, venho de quatro eleições crescentes com o número de votos, isso mostra que as pessoas reconhecem o trabalho que a gente tem feito na cidade. E é preciso que todo mundo possa enxergar o que a Câmara faz”

Voto em branco de opositor na eleição da Comissão Executiva

Eleito pela terceira vez para a presidência da Câmara, Romerinho Jatobá só não obteve unanimidade pelo voto em branco de Thiago Medina (PL), que repetiu o voto para todos os outros cargos da Comissão Executiva, com exceção da terceira-secretaria, onde votou no correligionário Fred Ferreira (PL).

Em entrevista à Rádio Jornal na cerimônia de posse, após a eleição da Comissão Executiva, Romerinho afirmou que o assunto estava “superado”, mas que teria uma conversa com Medina para saber a motivação do voto. Perguntado sobre a conversa, o presidente da Câmara explicou a votação do jovem vereador.

“Thiago Medina é um jovem, está entrando na Câmara muito cedo, muito jovem e tem algumas expectativas em torno do eleitorado dele, um voto muito ideológico. Ele se protegeu, achando que podia ofender o eleitor dele, caso votasse em alguém do PSB, já que ele foi colocado a fazer oposição ao PSB. Mas eu me dou bem com Thiago, a gente vai ter uma boa relação.

Diálogo com a oposição

Apesar do ocorrido na votação, Romerinho acredita que o diálogo é peça importante para uma fluidez nos trabalhos da Câmara. O vereador enfatizou o respeito à oposição e destacou a importância de “dar vez e voz a todos os vereadores”, enquanto presidente da Casa.

“A casa é uma casa coletiva, a gente precisa ter esse diálogo entre os vereadores, para que as coisas fluam, que as coisas aconteçam. Eu sempre respeitei a oposição e isso fica muito claro quando a gente vai para uma eleição e apenas um vereador, novato, que ainda não tem uma relação com a gente, escolheu não se posicionar favoravelmente. Mas a minha função exige que eu possa dar vez e voz a todos os vereadores, independente de partido, independente de ser oposição ou situação”, disse.

Romerinho complementou, usando como exemplo as discussões da Câmara dos Deputados e de Brasília, também relatadas no Passando a Limpo, ressaltando que o trabalho harmônico entre os vereadores do Recife resulta em benefícios para a cidade.

“Eu escuto sempre vocês (do programa Passando a Limpo) e vejo sempre trazendo relatos das brigas de Brasília, seja com o governo Lula, governo Bolsonaro, sempre em atrito com o Congresso e aqui se a gente pode respeitar um ou outro e trabalhar harmonicamente, eu tenho certeza que quem ganha com isso é a cidade”, disse.

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