João Paulo vê "tendência" de que o PT deixe oposição ao governo e sugere candidatura de Raquel pelo partido em 2026

Deputado estadual indicou, também, que o prefeito do Recife João Campos (PSB) lançou pré-candidatura para o governo do Estado e cobrou apoio do PT

Publicado em 13/01/2025 às 22:43
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O deputado estadual João Paulo (PT), em declarações dadas nesta segunda-feira (13), voltou a manifestar o desejo de que o PT deixe de ser oposição ao governo do Estado e sugeriu uma eventual candidatura de Raquel Lyra (PSDB) pelo partido em 2026, além de afirmar que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), é pré-candidato ao pleito estadual, ainda que o pessebista não tenha declarado intenção publicamente.

Em contato com o Jornal do Commercio, João Paulo afirmou que há “tendência” de que o PT mude a posição em Pernambuco, deixando a oposição à governadora Raquel Lyra.

De acordo com o deputado estadual, as posições do governo Lula em relação à governadora, apoio de ministros, deputados federais do PT e os votos da bancada de deputados estaduais do partido levam à posição de saída do PT da oposição em Pernambuco.

“Há uma tendência do PT mudar a posição, sair da oposição, que não está fazendo, nem o governo Lula, nem os ministros, nem os dois senadores, nem o deputado federal, e muito menos a bancada estadual. Aquela decisão de oposição foi em uma conjuntura, terminada a eleição, que foi bastante acirrada. O próprio ministro Rui Costa já disse que ela era da base, então no mínimo, o partido deveria rever a condição de oposição”, disse.

Em entrevista à Radio Folha, também nesta segunda-feira, João Paulo também falou sobre uma eventual saída do PT da oposição à Raquel Lyra. Na oportunidade, o deputado detalhou as razões para a mudança, destacando a relação da governadora com o governo Lula e os investimentos do governo federal em Pernambuco.

“Ela tem reconhecido os investimentos, a preocupação do governo Lula com o povo de Pernambuco e com a gestão dela [...] E aí você vai fazer oposição para quê? Para que os investimentos do governo Lula não cheguem no povo de Pernambuco? Tá fora de sintonia isso”, afirmou.

Ainda de acordo com o deputado, a decisão deve ser tomada ainda em 2025. Para João Paulo, uma participação no governo é “coisa futura”, mas defendeu que para poder chegar à discussão por um cargo na gestão estadual, precisa deixar de ser oposição.

Posição do PT em Pernambuco para 2026

Para João Paulo, o apoio do PT à Raquel Lyra, votando a favor de projetos do Executivo na Alepe e a presença do partido na gestão de João Campos (PSB) no Recife são “coisas diferentes” e enfatizou que ambos recebem apoio do governo Lula. De acordo com o deputado estadual, um apoio do partido em 2026 vai depender de conjuntura e só será discutido no ano da eleição.

Na entrevista à Rádio Folha, João Paulo destacou que “não há antagonismo” sobre os apoios do PT a Raquel Lyra e João Campos.

Na ocasião, o deputado adiantou, inclusive, uma pré-candidatura do atual prefeito do Recife ao governo do Estado em 2026, ainda não declarada publicamente pelo pessebista. João Paulo enfatizou que achou “precipitada” a decisão de João Campos em “lançar o nome” e cobrar compromisso do PT para o pleito estadual.

“Não há antagonismo. Acho que pode estar perto do prefeito e da governadora. Mas o que o PT não assumiu foi um compromisso, e achei muito precipitada a posição do prefeito ter lançado o nome antes mesmo da eleição de Recife, é já querer que o PT assumisse um compromisso à sua candidatura a governador”, detalhou.

Entre as questões que o PT deverá tratar para 2026, João Paulo ainda indicou que Raquel Lyra poderia, inclusive, ser candidata pelo PT ou estar na base do partido, na disputa pela reeleição.

“Nesse sentido não há nenhum compromisso do partido com candidatura. Até porque a governadora pode ser, dependendo da conjuntura, a candidata do PT. Ela pode estar na base do PT. São questões que nós vamos ter condição de tratar em 2026”, disse.

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