Camilo Soares é cineasta, fotógrafo e professor da UFPE. Graduado em jornalismo pela UFPE, fez escola de cinema em Paris e mestrado em estética pela Sorbonne. Pesquisa a relação entre formação de imagem na paisagem urbana e seus destrinchamentos politico-culturais. As obras que o Social1 mostra esta semana fazem parte da série de fotografias #1cartapramarselha e participaram de mostra na Torre Malakoff em junho/13.
Um dos trabalhos de Camilo Foto: Divulgação
Diante das mudanças ocorridas nas duas últimas décadas, com a migração dos esforços de comunicação para o correio eletrônico e, em seguida, para as redes sociais, o que acontece com as caixas de correios em todo o mundo? Perdem a função de ligar pessoas, recebendo apenas documentos bancários ou comerciais. Esses objetos esquecidos que integram as fachadas do centro antigo de Marselha despertaram a memória poética do recifense Camilo Soares, gerando relações entre as duas cidades portuárias.
Caixas de Marselhas em novo significado Foto: Divulgação
O artista registrou a diversidade das caixas, sua deterioração, mas também a sua resignificação, a partir da intervenção de artistas, pichadores, ou simplesmente do tempo sobre elas. Ao serem aplicadas nas paredes do centro do Recife, coladas como cartazes de lambe-lambe, tais imagens se oferecem não apenas a outras intervenções, mas ao olhar distraído de quem passa por uma cidade concreta e funcional, sem maiores relações de afetividade. Os trabalhos apresentados estarão em exposição na Estação Peligro, em Casa Forte, a partir do dia 29, com curadoria de Armando Garrido e Diogo Tode.