Para Cazuza, era tudo ou nunca mais (Fotos: Reprodução/Internet)
Pouco antes das 8h30 da manhã de 7 de julho de 1990, uma das mais potentes vozes que o Brasil já conheceu calou-se definitivamente. Há exatos 25 anos, Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, finalizou, aos 32 anos, sua longa batalha contra o vírus HIV.
O último show de Cazuza foi no Recife, em 24 de janeiro de 1989
Cantor, compositor, exagerado, desavergonhado, rebelde, filho único, poeta, incontrolável. Ao contrário do que escreveu em fevereiro de 1989, após assumir, em entrevista exclusiva ao jornalista Zeca Camargo, que era portador do vírus da AIDS, os discos podem até arranhar e quebrar, mas seu legado nunca silenciou. Duas décadas e meia depois de sua morte, Caju – como era chamado pelos mais próximos – continua encantando gerações, embalando enamorados e cantando temas recentes para o Brasil, vivo nas trilhas sonoras de filmes e telenovelas, emissoras de rádio, DVDs, CDs e LPs. Às vésperas deste fatídico aniversário, Lucinha Araújo, mãe do cantor, revelou que a gravadora Sony lançará um CD com músicas inéditas de Cazuza, cantadas por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Bebel Gilberto e outros.
"Carta Dani", escrita pelo músico após assumir a doença
Lucinha é, até hoje, a maior porta-voz da memória de Cazuza, ajudando a manter vivas suas lembranças por meio do livro Só as mães são felizes e do filme Cazuza - O tempo não para, entre outros projetos. Além disso, "adotou" outros tantos filhos que também foram tocados pela doença que levou o seu: à frente da Sociedade Viva Cazuza, incansável, ela presta apoio a crianças e adolescentes carentes portadores do HIV.
Até hoje, ele permanece fazendo parte do nosso show:
https://www.youtube.com/watch?v=nwoVI6qFr6w
