Uma abertura onde estarão juntos o clássico, o maracatu e o frevo. Esta é a base da Abertura OSR-85 para grande orquestra, Opus 124, escrita especialmente para as comemorações dos 85 anos da Orquestra Sinfônica do Recife, pelo maestro e regente Marlos Nobre. O concerto acontece nesta quarta-feira (29), no Teatro de Santa Isabel, às 20h. A OSR é a orquestra mais antiga em atuação no Brasil.
Outro destaque da noite será a homenagem a um dos maestros mais queridos da orquestra, Guedes Peixoto. Ele entrou na OSR na década de 60 chegando a ser primeiro trompista. Em 1975 passou a ocupar o cargo de regente a convite, do então, secretário de Cultura Ariano Suassuna, função que desenvolveu até 1984. Conhecido por ser um maestro perfeccionista, coube à Guedes Peixoto levar também a música popular para os concertos oficiais da OSR.
A programação musical do concerto conta ainda com a execução da Rapsódia Húngara, do alemão David Popper, que terá como solista o primeiro violoncelista da OSR, Leonardo Guedes, e a composição Kol Nidrei para violoncelo e orquestra, de Max Bruch. Fechando a noite com chave de ouro, a Quarta Sinfonia de Tchaikovsky, de 1877, composta num período emocional bem conturbado na vida do autor.
O 5º Concerto Oficial da Temporada 2015 da Orquestra Sinfônica do Recife tem entrada franca ao público.
OSR - Fundada em 1930, pelo maestro Vicente Fittipaldi, a Orquestra Sinfônica do Recife é a mais antiga do Brasil em atividade ininterrupta. Seu surgimento se dá em meio às transformações ocorridas no Brasil na década de 30 do século passado, que desencadeou o processo de modernização do País. Foi no dia 30 de julho daquele ano que aconteceu no Teatro de Santa Isabel, a primeira apresentação oficial da Orquestra Sinfônica do Recife - à época denominada Orquestra Sinfônica de Concertos Populares, sob a regência do seu fundador.
Já atuaram como regentes o fundador, o maestro Vicente Fittipaldi (1930-1961); Mário Câncio (1962-1974); Guedes Peixoto (1975-1984); Eleazar de Carvalho (1985-1988); Eugene Egan (1989); Arlindo Teixeira (1991), Diogo Pacheco (1992); Carlos Veiga (1993-2000) e Osman Giuseppe Gioia, a partir de (2001 – 2013). Atualmente a regência da OSR está sob a responsabilidade do maestro Marlos Nobre (2013).
Nomes como Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Marlos Nobre, Guerra Peixe – que na década de 1970 atuou como primeiro trompista - Isaac Karabtchevsky e outros já regeram a OSR, que também recebeu músicos famosos como solistas, entre os quais José Siqueira, Artur Moreira Lima e Nelson Freire.