Estreia sábado (13), no Teatro Hermilo Borba Filho, a peça Puro Lixo, o espetáculo mais vibrante da cidade, escrita por Luís Reis e dirigida por Antônio Cadengue, em homenagem ao Grupo de Teatro Vivencial, que de 1974 a 1983 representou um oásis de liberdade naquele tempo de ditadura. Formado por artistas marginalizados (gays, travestis, mulheres...), o Vivencial criava, na coletividade e na precariedades, espetáculos de desbunde para criticar as repressões política e sexual da época.
O ator Gilson Paz no momento em que faz um manifesto contra o racismo - Fotos: Ana Araújo/Divulgação
O espetáculo Puro Lixo foi escrito a partir da matéria "Vivencial Diversiones apresenta frangos falando para o mundo", publicada em 1979 por João Silvério Trevisan, mas a montagem está apoiada sobre questões de agora. Em certo momento, o ator Gilson Paz interrompe o texto e faz um manifesto contra o racismo, momento em que são distribuídos ao público panfletos enaltecendo o teatro e a negritude do país. A peça fica em cartaz até o dia 4 de setembro, com sessões aos sábados e domingos, às 18h. No último fim de semana, sessões também às 20h, e nos dias 20 e 21, sessões com áudio-descrição.