O goleiro da seleção brasileira Alisson Becker venceu a enquete Copa dos Gatos do Social1. O cara é gato, né? Mas, durante a temporada da Copa do Mundo, muito se falou sobre a vermelhidão e as marcas na pele do jogador. Em uma entrevista coletiva, o atleta brasileiro, bem-humorado, brincou sobre o assunto dizendo que a vermelhidão no rosto seria resultado da “puberdade”
De acordo com a dermatologista Deborah Castro, apesar de as manchas no rosto lembrarem muito a problemas de acne, a rosácea é diferente. Trata-se de uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela presença de eritema (vermelhidão), pápulas, pústulas e telangiectasias (vasos finos) na face. O problema apresenta períodos de atividade e outros de remissão. “Fatores como álcool, mudança climática (excesso de frio ou calor), radiação ultravioleta, comidas condimentadas e estresse influenciam. Certamente o estresse e a mudança de temperatura, por exemplo, foram um constante para nosso goleiro em tempos de copa... Sabe-se que não há cura para a rosácea, mas há tratamento e formas de controlar o aparecimento da doença”, diz a médica.
A dermatologista explica que o tratamento é realizado através do uso de medicações tópicas, antibióticos tópicos e orais, isotretinoína oral, laser e luz intensa pulsada. Mas alerta: "O paciente com rosácea tem a pele mais sensível e reativa, deve usar sabonetes para pele sensível e evitar o uso de produtos sem orientação médica".
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), normalmente a rosácea ocorre em 1,5% a 10% das populações estudadas. Ocorre principalmente em adultos entre 30 e 50 anos de idade. É mais frequente em mulheres, porém atinge muitos homens e, neles, o quadro tende a ser mais grave.