A cantora irlandesa Sinéad O'Connor, aque ficou famosa na década de 90, se converteu ao islã e anunciou a mudança de nome. Agora se chama "Shuhada". A artista, que sofre de depressão profunda e problemas com drogas, agradeceu em uma mensagem no Twitter, aos muçulmanos por seu apoio. Disse que sua decisão foi "a conclusão natural de qualquer caminho teológico inteligente" e publicou um vídeo cantando o adhan, a chamada islâmica para a oração.
https://twitter.com/DrUmarAlQadri/status/1055550686388240389
Em suas postagens após a conversão, ela se disse "feliz". Antes disso, a cantora vinha falando abertamente sobre sobre seus problemas de saúde mental. Em novembro de 2015, afirmou ter sobrevivido a uma overdose. Em agosto de 2017, postou no Facebook um vídeo no qual chorava e contava sobre seus pensamentos suicidas. "Saúde mental é como drogas, não importa quem você seja e, o que é pior, o estigma não se importa com quem você é. Não há ninguém na minha vida no momento, exceto pelo meu psiquiatra (...) e essa é a única coisa a me manter viva no momento, o que é um pouco patético", afirmou na época. "Minha vida inteira revolve ao redor de não morrer, e isso não é viver."
Em 1992, ela protagonizou uma polêmica ao rasgar uma foto do papa João Paulo 2º em frente às câmeras de uma rede de televisão americana como forma de criticar a Igreja Católica. Ela se opunha à forma como a instituição lidava com os escândalos de abuso sexual de menores por membros da igreja.Sete anos depois, ela foi ordenada sacerdotisa em um igreja cristã dissidente em Lourdes, na França. A Igreja Católica, que não permite que as mulheres sejam sacerdotisas, não reconheceu a cerimônia.
Desiludida com o catolicismo por conta dos relatos de abusos, ela passou a descrever o Vaticano como "um ninho de demônios" e, em 2011, pediu para ser excomungada pelo papa Francisco.