De imponente valor religioso, arquitetônico e cultural, a Catedral de Notre-Dame, que nesta segunda (15) sofreu incêndio de grande proporção, tornou-se conhecida também graças à literatura e ao cinema. Lançado por Victor Hugo em 1831, o romance "Notre-Dame de Paris" contribuiu, certamente, para que a catedral se tornasse o monumento mais visitado em Paris; um dos mais da Europa.
A obra, sobre Quasímodo - sineiro corcunda e com rosto deformado que vive recluso na catedral devido à sua aparência e se apaixona pela cigana Esmeralda -, rendeu um filme mudo francês, em 1911, e adaptações para o cinema norte-americano em 1923 e 1939, além de uma comédia francesa, em 1999.
Lon Chaney no papel principal, na adaptação de 1923, dirigida por Wallace Worsley - Foto: reprodução
Anos antes, porém, em 1996, a história de Quasímodo tornou-se clássico da Disney, com a animação Corcunda de Notre-Dame, considerada a mais bem-sucedida de todas as adaptações. A Disney, aliás, anunciou no início deste ano que pretende fazer um live-action do filme, mas não anunciou datas.
A Netflix também deverá renovar o imaginário em torno da Catedral de Notre-Dame e do corcunda. De acordo com informações do The Hollywood Reporter, Idris Elba vai dirigir e protagonizar produção baseada na obra, mas atualizada aos dias de hoje, para o serviço de streaming.
Além do corcunda
A Catedral de Notre-Dame, no cinema, sobrevive à obra de Victor Hugo e ao apelo e carisma do seu personagem. O prédio é cenário recorrente nas produções cinematográficas, já tendo sido vista, pelo menos, nos filmes "Meia-noite em Paris", "A Invenção de Hugo Cabret", "Antes do Por do Sol" e "A Travessia".