Raul Seixas pode ter entregue Paulo Coelho para a ditadura; escritor comenta o caso

Samantha Oliveira
Samantha Oliveira
Publicado em 24/10/2019 às 9:39
O escritor Paulo Coelho (Foto: Reprodução/Instagram)
O escritor Paulo Coelho (Foto: Reprodução/Instagram)

Tudo começou quando uma reportagem que faz parte do livro 'Não Diga que a Canção Está Perdida' foi publicado pela Folha de São Paulo. Na última quarta (23), o material de Jotabê Medeiros levantou a hipótese de que o cantor Raul Seixas, o eterno 'Maluco Beleza', teria delatado seu amigo e parceiro Paulo Coelho para a ditadura militar.

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A repercussão sobre a possível atitude de Raul Seixas ganhou mais força após um comentário ambíguo do atual escritor. No seu Twitter, Paulo Coelho citou a matéria, comentando: "Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levava segredo para o túmulo".

Vale ressaltar que Paulo Coelho foi preso e torturado em maio de 1974. Na época, sua namorada Aldagisa Rios também foi detida.

"Não Diga que a Canção Está Perdida" descreve que Raul Seixas foi chamado para depor no Departamento de Ordem Policial e Social, pouco tempo antes de seu colega ser preso.

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Com a polêmica instaurada, muitos internautas opinaram sobre a atitude de Raul Seixas, alguns acusando-o de 'X9' ou delator. Paulo Coelho voltou para o seu Twitter. "Já tinha conversado com Raul a esse respeito e águas passadas não movem moinhos", declarou.

O documento que o autor cita se trata de um registro que relata como a polícia chegou até Paulo Coelho, através de um "intermédio do referido cantor", que seria Raul Seixas.

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Na época, o cantor e o compositor se afastaram após o acontecimento. No entanto, um ano depois voltaram a trabalhar juntos, compondo o clássico "Há 10 mil anos atrás", em 1976.

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