Bailarina negra se emociona ao usar sapatilhas cor da pele pela primeira vez

Samantha Oliveira
Samantha Oliveira
Publicado em 04/11/2019 às 11:26
A bailarina Ingrid Silva (Foto: Reprodução/Instagram)
A bailarina Ingrid Silva (Foto: Reprodução/Instagram)

Foram 11 anos pintando as próprias sapatilhas até que as pessoas percebessem que havia algo de errado. A bailaria Ingrid Silva compartilhou nas suas redes sociais, na última sexta (1), uma conquista pessoal e profissional.

LEIA MAIS: Princesa Charlotte segue passos do irmão e terá aulas de balé

O que até então passaria despercebido por muita gente chamou a atenção para um problema mundial: o racismo institucional. As sapatilhas de balé, que carregavam o tom 'cor-de-pele', na verdade, não abrangiam todas as tonalidades.

Ingrid Silva sempre pintava as sapatilhas na cor da sua pele porque só encontrava as tradicionais cor-de-rosa à venda. Apenas no ano passado, quase 200 anos depois das sapatilhas terem sido criadas, o calçado surgiu em tonalidades negras.

A origem da padronização do cor-de-rosa se deu por conta da sapatilha ser considerada uma parte do corpo no balé. Assim, elas foram adaptadas para as bailarinas europeias, nas cores mais claras.

Em seu Twitter, Ingrid comemorou sua conquista. "Viva a diversidade no mundo da dança. E que avanço viu, demorou mais chegou!", celebrou.

A bailarina ainda compartilhou imagens do processo de pintura das sapatilhas, o qual ela fez durante 11 anos.

LEIA MAIS: Literatura: ‘Sarah’ aborda tecnologia e vivências da mulher negra

Conquistas

Coincidentemente, o episódio de Ingrid Silva aconteceu no Mês da Consciência Negra. Além disso, ela foi a primeira bailarina negra a estampar a capa de uma revista brasileira.

"Outra conquista, feliz demais por esta oportunidade, que muitas outras meninas venham aí, que revolução poder abrir esta porta", comemorou em seu Twitter.

Últimas notícias