O ator Marcos Pasquim, numa entrevista ao UOL, expôs os bônus e ônus da fama. "É muito bom, é muito legal. Só que também com a fama vem o tema da liberdade", disse Pasquim, que coleciona papéis de galã em novelas da Globo, sobretudo nos anos 2000. "Qualquer lugar que você vá, acaba virando exemplo. Você acaba tendo que se preocupar mais com muitas coisas que, na realidade, o anônimo, não, não se preocupa. Me prendi mais dentro de casa, tive síndrome do pânico", revelou.
A maioria dos trabalhos de maior destaque de Marcos Pasquim na TV Globo exigiu o ator descamisado, feito de símbolo sexual - ou mesmo objeto sexual. Na conversa com o UOL, o ator fala disso: "Houve um momento que me incomodou, mas o que você vai fazer, quando você no meio de uma novela fala 'Cara, porque eu estou tirando essa camisa aqui agora? Não precisa'. Aí o diretor vira e fala, 'Não... está escrito aí. Tira, irmão'. Sabe? 'Mas agora?', 'Tira'".
"Na época, gravava 35 cenas por dia. Você nem pensa mais, fica gravando, gravando, gravando...", completou Marcos Pasquim sobre a rotina da TV.
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A fama
Marcos Pasquim contou, ainda, que levam uns trabalhos até que o ator fique realmente famoso. Antes disso, ele é reconhecido pelas pessoas por causa dos personagens - só depois que passa a ser conhecido pelo nome. "Em duas novelas as pessoas não sabem nem o seu nome, só o do seu personagem. Humberto Martins já me disse; falou: 'Cara, quando as pessoas começarem a te chamar pelo seu nome, e não pelo seu personagem, aí você está começando a ficar famoso'. E as pessoas começaram a me chamar pelo meu nome depois de 'O Quinto dos Infernos' e 'Kubanakan'. Entre 'O Quinto dos Infernos e 'Kubanakan' as pessoas começaram a me chamar pelo meu nome e não pelo Dom Pedro, e não pelo Esteban."
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