Em entrevista com Fábio Porchat através de uma live, Érico Brás contou sobre sua vivência como um homem negro. O apresentador do Se Joga, da Globo, descreveu casos em que ele classificou como episódios racistas.
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Sem especificar o ano, Érico Brás relembrou de quando começou a trabalhar como ator, ainda na Bahia. Lá, ele atuava na peça Bando da Raça, que logo após se apresnetar, saiu correndo para pegar o ônibus.
No entanto, o ator foi parado por uma viatura, que encostou logo em eguida. No veículo havia dois policiais e uma mulher branca, que parecia estar desesperada. Ela apontou para Érico Brás e o acusou de ter roubado sua bolsa.
Revistado, o apresentador teve sua mochila e pertences revirados, mesmo negando cometer o crime. Por fim, Érico Brás afirmou que era ator e que tinha acabado de sair da peça.
"Ah, menino, é você que faz aquela peça?", questionou a mulher. "Sim, sou eu que faço o personagem patrocinado", respondeu Érico Brás. Para provar, ele interpretou ali mesmo, no ponto de ônibus, o personagem. Assim, a mulher voltou atrás com a acusação.
No entanto, o ônibus do ator já havia passado pelo ponto, e era o último daquele ia. "Fiquei sozinho no ponto fazendo o personagem", contou. Ele chegou a perguntar aos policiais o que fazer, já que havia perdido a volta para casa.
"Se vira, meu irmão, você é artista. Se vira, responderam os oficiais. Após contar a história, Érico Brás ainda relembrou outros casos de racismo; chegando a citar o assassinato de João Pedro, no Rio de Janeiro, que recebeu um tiro dentro da própria casa.