Música é protagonista em Nasce uma Estrela, em cartaz no Planeta Drive-in a partir desta sexta

Mariane Monteiro
Mariane Monteiro
Publicado em 17/07/2020 às 9:41
Quarto remake de Nasce uma Estrela, filme de Cooper tem primeira exibição hoje (17), no Planeta Drive-in. Foto: Warner Bros/Divulgação
Quarto remake de Nasce uma Estrela, filme de Cooper tem primeira exibição hoje (17), no Planeta Drive-in. Foto: Warner Bros/Divulgação

Filme com Bradley Cooper e Lady Gaga tem exibições legendadas nesta sexta (17) e sábado (18)

Quarto remake, oito indicações no Oscar 2019 e uma estatueta conquistada, o filme Nasce Uma Estrela, dirigida pelo também protagonista da trama, Bradley Cooper, ganhou o público pelo enredo do casal vivido pelo seu personagem, Jackson Maine, e Ally, interpretada pela cantora Lady Gaga. A produção, que ganhou grande repercussão pela música Shallow, e que venceu o Oscar de Melhor Canção Original, entre outros prêmios, faz parte da programação do Planeta Drive-in, que iniciou suas exibições na última quarta-feira (15). 

O espaço está localizado na Arena Boa Viagem, na esquina entre as avenidas Boa Viagem e Antônio de Góes, no Pina. Serão 2 exibições de Nasce Uma Estrela: a primeira nesta sexta (17), às 21h30, e a segunda no sábado (18), às 18h30. Cada sessão comporta até 150 veículos, com até quatro pessoas dentro dos carros. Todo um processo de sanitização é realizado em cada veículo, que ficam estacionados a uma distância de 1,5 metro entre si. Os filmes são exibidos em telão 4K de 144 m² e os carros recebem o áudio por frequência de rádio FM.

Jackson Maine e Ally são cantores e dividem os dramas da carreira e das vidas pessoais. Foto: Warner Bros/Divulgação

O longa de Cooper, que conta a história do casal de cantores e todos os dramas que envolvem suas vidas pessoais e profissionais, é o quarto remake de uma produção que ganhou as telas do cinema pela primeira vez em 1937. Com diferenças entre as tramas, Nasce Uma Estrela, na sua versão de estreia, conta a história de um casal de atores, interpretados por Fredric March, no papel de Norman Maine, e Janet Gaynor, vivendo a jovem Esther Blodgett. 

Em 1954, aconteceu o primeiro remake do filme, com Judy Garland no papel de Esther, e James Mason interpretando Norman Maine. E como a música é destaque em Nasce Uma Estrela, a produção também foi indicada ao Oscar de melhor Canção Original, com a música The Man that Got Away. O terceiro remake aconteceu em 1976, sendo protagonizada pelo também casal de cantores Esther Hoffman, vivida por Barbra Streisand, e John Norman, interpretado por Kris Kristofferson. A canção Evergreen também teve indicação para Melhor Canção Original. Esse foi o último remake antes da versão estrelada por Bradley Cooper e Lady Gaga. 

Com diferenças a cada novo remake, o som é praticamente um personagem em Nasce Uma Estrela, principalmente na última versão, seja pelo fato de a história ter como foco um casal de cantores ou pelas músicas que fazem parte do filme e que ganharam sucesso pela interpretação. A Mixagem de Som, uma das classificações premiadas pelo Oscar, foi uma das categorias em que a produção de Cooper concorreu, em 2019.

Entendendo o som 

A mixagem de som é responsável por transformar os sons captados para o filme no que vamos acompanhar nas cenas - incluindo a criação de sensações, como o movimento de um carro ou um sentimento de distância, por exemplo. O professor do Departamento de Cinema da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rodrigo Carreiro, explica um pouco sobre as diferenças entre edição e mixagem de som. 

“Edição de som seria a etapa em que todos os sons que foram gravados para o filme são captados por diferentes equipes, organizados e sincronizados; todas essas equipes vão fazer os seus respectivos trabalhos e vão sincronizar com o filme que vai ser exibido. Somente depois disso é que ocorre a etapa final, que é a mixagem. O trabalho do mixador, fundamentalmente, é sobre três coisas: ele precisa fazer a uniformização dos sons que foram gravados, para que a ambientação sonora de todos os itens seja a mesma, tornando-os mais inteligíveis e compatíveis com a imagem. O segundo aspecto é a espacialização:o processo de colocar os sons em determinadas caixas acústicas da sala de exibição. Se um carro passa da direita para esquerda na cena, a gravação em si não vai dar a sensação de movimento. Quem cria essa sensação é o mixador. A última função dele é cuidar para que os sons sejam apresentados na melhor versão para as diversas mídias em que o filme será exibido: cinema, televisão, Blu-ray, streaming… Muitas vezes, a mixagem para cinema tem várias versões, para os diferentes tipos de sala”, detalha Carreiro. 

Além disso, outro ponto que compõe o universo cinematográfico são os sons diegéticos e não-diegéticos. Em Nasce Uma Estrela, eles têm papel fundamental, como explica o professor. “Diegética é a música que faz parte do universo ficcional do filme, ou seja, quando os atores cantam em uma cena, eles ouvem aquela canção que foi cantada. Já a não-diegética é aquela música que é colocada posteriormente e, portanto, o personagem não tem ideia de que ela existe. Por exemplo, o 'tum tum tum' de Tubarão ou a trilha daquela famosa cena de Psicose, com a atriz Janet Leigh morrendo no banheiro, ao som de violinos. Ela não está ouvindo aquilo, é uma ferramenta emocional que o diretor e a equipe criativa usam para passar a sensação que ele quer dar à cena”, pontua. 

Sobre Nasce Uma Estrela, Rodrigo esclarece: “Neste caso, a gente tem personagens do filme que são músicos e produzem música, então essa música é totalmente diegética, ou seja, está em primeiro plano e é a própria razão de existir do filme. Nesse caso, tem algumas regrinhas de tratamento para ela. É uma música tratada quase como voz e, nesse caso, tem que ficar nos alto falantes mais proeminentes da sala de exibição; sendo um elemento fundamental da narrativa, tem que ser mixada com bastante destaque dentro do filme”, complementa. 

Música é destaque no enredo de Nasce uma Estrela, pontua professor da UFPE. Foto: Warner Bros/Divulgação

Para conferir o filme no Planeta Drive-in e as outras produções que serão exibidas, veja a programação completa: 

Sexta, 17/07
Sonic  - 15h  (dub)
Coringa - 18h30 (leg)
Nasce uma estrela - 21h30 (leg)

Sábado, 18/7
Como treinar o seu dragão 3 - 15h  (dub)
Nasce uma estrela - 18h30 (leg)
O homem invisível - 21h30 (leg)

Domingo, 19/7
Sonic - 15h  (dub)
Minha mãe é uma peça 3 - 18h30 (nac)
Coringa - 21h30 (leg)

Ingressos: a partir de R$ 70 por veículo, nos sites planetadrivein.com.br e eventim.com.br/planetadrivein

Capacidade: 150 carros por sessão, com até 4 pessoas em cada veículo

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