Fábio Porchat relembra crítica de Flordelis a especial de Natal do Porta dos Fundos e alfineta: "Ué?"; ela é ré por homicídio do marido

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 25/08/2020 às 15:54
Fábio Porchat; Flordelis - Fotos: reprodução
Fábio Porchat; Flordelis - Fotos: reprodução

Fábio Porchat relembrou a crítica que Flordelis fez ao especial de Natal do Porta dos Fundos lançado pela Netflix no fim do ano passado, "A Primeira Tentação de Cristo". À época, em vídeo da Frente Parlamentar Evangélica, ela disse que se tratava de uma afronta e falta de respeito aos cristãos. No entanto, a deputada federal pelo PSD-RJ, que é pastora, tornou-se ré, nesta segunda-feira (24), por homicídio triplamente qualificado do pastor Anderson do Carmo, com quem era casada; e só não foi detida por cauda da imunidade parlamentar.

Ao republicar o tuíte de Flordelis com posicionamento contra o especial de Natal do Porta dos Fundos, Fábio Porchat escreveu: "Ué?". A ironia é ainda mais "pesada" diante do conteúdo de uma mensagem encontrada pela investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro: a pastora e deputada teria enviado o seguinte a um dos filhos detido pelo envolvimento no assassinato do pai: "Separar dele não posso, porque senão ia escandalizar o nome de Deus".

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Os seguidores de Fábio Porchat manifestaram-se: "Matar pode, mas fazer sátira não pode", escreveu um; "Acho que ela não entendeu o sentido de ser cristão", comentou outro; "Os que mais ladram são os mais sórdidos", lê-se também.

Investigação

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro concluiu que o assassinato do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, morto a tiros na frente de sua casa, em Niterói, foi motivado por questões financeiras e poder na família. Ela era quem controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis, hoje rebatizado de Comunidade Evangélica Cidade do Fogo. Onze pessoas foram indiciadas - entre eles, Flordelis, que não pôde ser detida por causa da imunidade parlamentar, sete filhos e uma neta dela.

Flordelis vai responder por cinco crimes: homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. Também responderá por tentativa de homicídio, visto que o inquérito apurou tentativas de envenenamento do pastor.

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