Ludmilla sai em defesa de Neymar em caso de racismo: "Para a branquitude não adianta se você é o melhor no que faz"

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 14/09/2020 às 17:52
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Ludmilla prestou apoio a Neymar após o jogador alegar ter sido vítima de racismo durante uma partida entre o PSG, do qual é atacante, e o Olympique de Marselha. O jogador foi expulso após dar um soco no zagueiro Álvaro González (do Olympique de Marselha), que o teria chamado de “macaco filho da p***”.

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Neymar, do PSG, discute com González Foto: GONZALO FUENTES / REUTERS

O episódio tomou grande proporção na imprensa após uma antiga entrevista do brasileiro, ainda com 17 anos, ter sido resgatada nas redes sociais. Em entrevista feita em 2010 ao jornal Estadão, Neymar disse nunca ter sofrido racismo em campo “até porque não era preto”. A cantora saiu em defesa do craque: “Para a branquitude não adianta se você é o melhor no que faz. Se é bem sucedido. Ainda assim, eles olham primeiro para a sua cor. Também não importa se a gente tem a pele mais clara ou mais escura. Eles sempre sabem quem nós somos. E como nos ferir! Ontem comigo, hoje com Neymar”, publicou em seus Stories.

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“Fora todas as pessoas que sofrem isso na pele todos os dias, mas não têm visibilidade. Pessoas que morrem diariamente por causa do racismo. E eles vivem a vida de boa enquanto a gente sofre. Até quando? Racismo é crime! Fogo neles, Ney! Tamo junto sempre, você é f…!”, completou.

Neymar foi às redes sociais para denunciar o atleta, que não negou o episódio e ainda provocou Neymar ao dizer que era preciso saber perder. Em seu tuíte, com uma foto ao lado de jogadores negros, González escreve: "Não há lugar para racismo. Carreira limpa e com muitos colegas e amigos no dia a dia. Às vezes você tem que aprender a perder e assumir isso em campo. Incríveis 3 pontos hoje”

Esta é a primeira vez que Neymar reage a um caso de racismo sofrido por ele. Tanto nas postagens em relação ao agressor, feitas no final de semana, como em uma postagem, no Instagram, feita na tarde desta segunda-feira, em que ele se diz "negro, filho de negro, neto e bisneto de negro... O racismo existe, existe. Mas temos que dar um basta". Uma mudança e tanto para quem já falou que não se considerava negro.

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