Drica Moraes é a entrevistada do "Conversa com Bial" desta terça-feira (20). A atriz, hoje com 51 anos, conta sua saga de cura desde que foi diagnosticada com leucemia, aos 41 anos, até se submeter a transplante de medula óssea, que era a sua única esperança de continuar viva.
Em tratamento à doença, a atriz, primeiro, passou por quimioterapia - quando vivenciou um isolamento que ela compara a este, da pandemia do coronavírus - e depois confirmou-se a necessidade do transplante de medula. Entre seus seis irmãos, nenhum era compatível para a doação, e então o doador, Adilson Rodrigues, foi encontrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), um banco mantido pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) com doadores voluntários de todo o País.
Drica Moraes e Adilson Rodrigues só se conheceram cinco anos após a doação e o transplante. De acordo com o protocolo do Inca, doador e beneficiado só podem saber da identidade do outro e estabelecer contato alguns anos depois, se ambos manifestarem interesse, num procedimento que é mediado pelo Redome.
"Eu disse 'Oi'. Ele disse 'Oi, fia'. Não tinha roteirista para escrever esse diálogo, eu não sabia o que dizer, o que você ia falar para uma pessoa dessas? Ele falou 'Você tá bem, fia?'. Eu disse 'Eu tô bem, você salvou minha vida. Qual o seu nome?'", recorda Drica Moraes sobre a primeira conversa com Adilson Rodrigues, na entrevista a Pedro Bial.
Dez anos
Drica Moraes passou pelo transplante de medula óssea há dez anos. Em junho, a atriz publicou uma foto sua com Adilson Rodrigues, a quem chama de irmão:
Seja doador
A probabilidade de se encontrar uma pessoa compatível para o transplante de medula óssea chega a ser de uma pessoa em 100 mil, ou mais. Em Pernambuco, para se tornar doador de medula óssea basta procurar o Hemope. O procedimento é rápido: consiste na coleta de uma pequena quantidade de sangue (como num exame para quantificar a taxa de glicose) e o fornecimento de informações pessoais para o cadastro no banco de doadores.