Morre Maradona, aos 60 anos

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 25/11/2020 às 14:06
Diego Maradona em registro recente - Foto: reprodução
Diego Maradona em registro recente - Foto: reprodução

Morreu nesta quarta-feira (25) o ex-jogador Diego Maradona, aos 60 anos. O falecimento do argentino, considerado um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, foi confirmado por seu advogado; e, segundo o Clarin, um dos principais veículos de imprensa de Buenos Aires, teria sido devido a uma parada cardiorrespiratória.

Maradona, que completou 60 anos no dia 30 de outubro, morreu em sua casa em Tigre, cidade da província de Buenos Aires, capital argentina, onde se recuperava de uma cirurgia na cabeça a que foi submetido no início deste mês de novembro. Ele deixa três filhos: Dalma, Giannina e Diego, este reconhecido somente em 2016.

Campeão da Copa do Mundo de 1986, com a seleção argentina, ele é o maior ídolo esportivo do país. E um dos maiores em todo o mundo - numa votação popular realizada pela Fifa, em 2000, foi escolhido o melhor jogador do século 20, desbancando, inclusive, Pelé.

Trajetória e polêmicas

Maradona iniciou a carreira nos campos em 1976, no Argentinos Juniors, e estreou na seleção do país aos 16 anos. No final dos anos 70 para o início dos 80 migrou para o Boca Juniors, clube em que sedimentou seu nome. Já em 1982 foi para o Barcelona, na Espanha, e em 1984, para o Napoli, Itália.

Foi quando jogava pelo Napoli que Maradona participou da Copa do Mundo de 1986, no México. A seleção argentina venceu e ele realizou o gol que é tido como o mais bonito da história do mundial, numa vitória sobre a Inglaterra.

Os anos 90, no entanto, foram de turbulência na vida de Maradona, pego num exame antidoping por uso de cocaína, quando ainda atuava no Napoli. O flagrante rendeu-lhe 15 meses de suspensão. Já numa volta à Argentina, foi preso por porte da mesma droga. Pagou fiança, mas teve de ir para clínica de reabilitação.

Outro fato controverso ocorreu quando, com um rifle de ar comprimido, Maradona disparou contra jornalistas e fotógrafos que estavam à porta da sua casa, à época da Copa do Mundo de 1994, que ele disputou na seleção argentina, quando foi novamente pego no exame antidoping, desta vez por uso de efedrina. Foi condenado a dois anos de prisão condicional e teve de indenizar todos os profissionais atacados.

Maradona, na sequência, ajudou a fundar o Sindicato Mundial de Futebolistas e retornou para o Boca Juniors, onde ficou por pouco tempo, até se desentender com o técnico. Estrelou a campanha "Sol sin Drigas", do governo argentino, e internou-se em clínica de reabilitação na Suíça, mas na volta a Buenos Aires, novamente foi flagrado em exame antidoping. Até que encerrou a sua carreira como jogador numa partida entre astros internacionais, no estádio da Bombanera, em 25 de outubro de 1997.

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