A atriz Elizângela compartilhou no Instagram a imagem de uma agulha furando a pele com o texto "Penetração forçada sem consentimento... é estupro". Na legenda, ela escreveu "Meu corpo, minhas regras", colocando-se do lado do movimento antivacina que se levanta nesta pandemia do coronavírus. A postagem, diante do trabalho sério de cientistas e da quantidade de mortes que a vacina poderá evitar, causou revolta entre alguns seguidores.
Foram muitos os que comentaram estar "decepcionados" com Elizângela - que, aliás, está no ar na reprise da novela "A Força do Querer", da TV Globo. A atriz tem respondido a eles - a uma que escreveu "Deixando de seguir agora", ela respondeu: "Como quiser", com um emoji de coração. Mas há também novos seguidores, que se identificam com a postura dela.
No Brasil, já são mais de 7,2 milhões de casos confirmados de Covid-19. Mais de 186 mil pessoas morreram por causa da doença, até 19 de dezembro.
Falta de confiança?
A questão antivacina de Elizângela, segundo o que ela tem respondido nos comentários, tem a ver com falta de confiança quanto a efeitos a longo prazo.
O El Pais trouxe, recentemente, matéria sobre os riscos das vacinas. Nela, o médico argentino Fernando Polack - que dirigiu o teste da vacina da Pfizer, a primeira a ficar pronta no Ocidente - disse o seguinte: "Nenhuma vacina que completa com sucesso um teste clínico de fase 3 [com dezenas de milhares de pessoas, como os feitos pela Pfizer e pela Moderna] fica sob observação e sem aprovação durante anos".
Ainda segundo Polack, o procedimento usual, de toda vacina, desde a para gripe e sarampo, é continuar monitorando. "O que é diferente agora é que as vacinas nunca foram testadas sob o olhar atento de seis bilhões de pessoas", concluiu.
Vacinação obrigatória, mas não forçada
No último dia 17, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o Estado pode determinar a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. No entanto, fica proibido o uso da força para exigir a vacinação. Podem, porém, ser aplicadas restrições a direitos de quem recusar a imunização. Penalidades a quem não cumprir a obrigação deverão ser definidas em lei.