A atuação de Sean Young em Blade runner (1982) como a replicante Rachel atraiu olhares de todo o mundo com o sucesso filme. Atualmente com 61 anos, a atriz diz que, apesar de o título ter se tornado um clássico, sua carreira não seguiu o mesmo caminho dos colegas e relata um boicote feito pelo diretor Ridley Scott.
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"Olha, honestamente, o Ridley queria que eu saísse com ele. Ele tentou de tudo no começo das filmagens para que eu me encontrasse [romanticamente] com ele e eu nunca quis. Eu não queria. Então ele começou a sair com a atriz que interpretou a Zhora, Joana Cassidy, e isso me tranquilizou", comentou a atriz em entrevista ao site The Daily Beast.
O pensamento de que a situação se normalizaria foi, conta Sean Young, errôneo. Ela diz a agressividade da cena de sexo com Harrison Ford, seu par romântico em Blade runner, teria sido uma retaliação de Ridley Scott à recusa do relacionamento.
"Mas fomos fazer essa cena e acho que foi coisa do Ridley. Foi como um 'vá se foder' e fiquei pensando 'por que isso precisa ser assim? Qual a lógica disso?' (...) Acho que era a forma pouco sutil do Ridley de dizer que estava se vingando de mim", disse.
O boicote, então, virou assunto quando a atriz comentou as escolhas do diretor. Ele nunca mais a contratou e em Blade runner 2049 (2017), chegou a fechar um contrato de direito de imagem para que sua personagem fosse recriada digitalmente. A direção, porém, deu-lhe apenas 30 segundos de cena.
"Foi muito estranho. Que p***a é essa? Você contrata o Russell Crowe um gazilhão de vezes e não vai me contratar outra vez? (...) Aquilo [aparição em Blade runner 2049] não foi uma grande merda?. E eu não podia fazer nada em relação a isso. Estava claro que eles sabiam que o público ficaria chateado se eu não aparecesse, mas eles não queriam me ver reclamando por aí. Então me pagaram um dinheiro, me fizeram assinar um acordo confidencial e me deram 30 segundos. E tudo bem".