Cada vez mais os meios como TV, internet e cinema tem destacado personalidades negras influentes na sociedade atual. Além do discurso antirracista, mulheres pretas tem abordado sobre temas comuns como autoestima e aceitação. Parte dessa construção veio, ao longo dos anos, sendo feita a partir das madeixas crespas. É o que chamamos de transição capilar.
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O processo de aceitar os cabelos naturais teve seu boom na internet há alguns anos. No Youtube, por exemplo, são milhões de vídeos de jovens compartilhando sobre a aceitação dos cachos. Esse processo faz parte de deixar a química capilar - muitas vezes feita ainda na infância - para trás e "cultivar" o cabelo natural. É, antes de tudo, um processo de amor próprio.
Deixar o cabelo natural crescer não é fácil. O Brasil, por si só, é uma sociedade racista que por muito tempo apenas valorizou cabelos lisos e ridicularizou crespos e cacheados. Além disso, representações de pessoas negras sempre foi uma questão escassa nos produtos de mídia. Crescer sem um modelo, sendo um jovem negro, só faz parecer o padrão mais aceitável.
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Contudo, nomes conhecidos foram surgindo não só pra combater esse preconceito, mas também inspirar outras mulheres. A atriz Taís Araújo, por exemplo, estrelou diversas novelas na Globo, e fez a sua transição capilar. Ela agora tenta fazer seus papéis com os cabelos naturais - como foi o caso da personagem Vitória na novela 'Amor de Mãe'.
Famosas
Felizmente, pessoas negras tem tido a oportunidade e visibilidade de falar da relação com o próprio cabelo. Camilla de Lucas, do Big Brother Brasil 21, comentou sobre a sua transição. Para ajudar a lidar com as madeixas, ela utiliza de tranças box braids e as famosas laces - que ainda dão um up no visual.
Outro exemplo é a influenciadora Jéssica Marisol, conhecida por participar da 6ª temporada do 'De Férias com o Ex'. Ela, que passava produtos químicos no cabelo desde os 6 anos, sofreu um corte químico aos 24.
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Em 2016, finalizou sua transição e até hoje dá dicas sobre cuidados, beleza e penteados para cabelos crespos e cacheados. "Tudo isso fez do meu cabelo sinônimo de liberdade, de me amar sendo quem eu sou, do jeitinho que sou! Foi uma das épocas mais dolorosas que já passei, mas foi quando me redescobri. Me aceitei porque comecei a amar algo que estava ali, escondido em mim", conta.
Galeria
Confira outros nomes conhecidos que já passaram pela transição capilar.
