Quem era LEANDRO LO? Conheça história do campeão mundial de jiu-jitsu que morreu baleado
Ele era considerado uma referência no esporte e acumulou prêmios
A morte de Leandro Lo na madrugada do último domingo (7) chocou os fãs de esporte. Ele estava em um Clube quando foi surpreendido por um tiro na cabeça disparado por um Policial Militar.
O corpo do atleta está sendo velado e sepultado nesta segunda-feira (8), no Cemitério do Morumby, em São Paulo. Ele teve a morte cerebral confirmada pelo advogado.
Quem era Leandro Lo, atleta que morreu com um tiro na cabeça?
Nascido na Zona Oeste de São Paulo, Leandro iniciou como atleta de jiu-jítsu aos 14 anos. Ele foi forjado do Projeto Social Lutando pelo Bem (PSLPB) de Cicero Costha.
Ele é filho de Luciano Pereira, que também lutou boxe por um tempo e proibiu do filho de seguir a carreira por ter medo da violência causada nas lutas.
"Na rua, na escola, você sempre toma pavor dos moleques maiores. Então, eu falei: se 'eu fizer uma luta, eu vou saber me defender", disse em entrevista.
Antes mesmo de conseguir a faixa preta, ele participou de diversos campeonatos e ganhou destaque. Em 2010, ele conquistou o título de campeão brasileiro da Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu (CBJJ) e Word Pro Abu Dhabi.
Em 2012, conseguiu o primeiro título mundial da Federação Internacional de Jiu-Jitsu Brasileiro, o que também aconteceu em 2013.
Em 2015, ele decidiu sair do projeto social e fundar, junto com os amigos, o próprio projeto - a NS Brotherhood.
Leandro foi campeão mundial oito vezes, e em cinco categorias diferentes. Também ganhou oito vezes o Pan-Americano de jiu-jítsu.
Na próxima sexta-feira (12) estava marcado mais um campeonato, em Austin, nos Estados Unidos. Porém, os planos foram interrompidos pela tragédia.
Como foi a morte de Leandro Lo?
No último sábado (6), Leandro estava no Clube Sírio, em São Paulo, junto com uns amigos. Segundo informações, o policial militar, Henrique Velozo, estava arrumando confusão e pegou uma garrafa de bebida da mesa.
Leandro imobilizou o homem para que se afastasse. Ao dar alguns passos para trás, Henrique deu um tiro na cabeça do atleta.
O advogado escreveu em nota que o policial ainda deu dois chutes no atleta após ele cair desacordado. Henrique fugiu logo depois do ocorrido.
Na tarde do domingo (7), a Polícia Civil prendeu Henrique após ele se entregar voluntariamente na Corregedoria.
"Em seguida, será encaminhado ao Presídio Romão Gomes, permanecendo à disposição da Justiça", disse em nota. A Polícia pediu prisão preventiva por 30 dias, e que pode ser ampliada.
*As informações são do G1