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Maria Eduarda de Carvalho desabafa sobre abuso sexual que sofreu aos 12 anos: "Sangrando por dentro"

A artista relatou o crime em seu Instagram e criticou fala do presidente Jair Bolsonaro (PL)

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Laura Martiniano

Publicado em 22/10/2022 às 15:09 | Atualizado em 22/10/2022 às 15:22
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A atriz Maria Eduarda de Carvalho, 39, compartilhou nessa sexta-feira (21) um desabafo sobre um abuso sexual que sofreu aos 12 anos de idade. Em sua conta no Instagram, a artista desabafou sobre o trauma que ainda deixa marcas na sua vida: "Sangrando por dentro".

Segundo Maria Eduarda, o agressor era um "homem de família", cristão e tinha mais de 40 anos. O abusador frequentava livremente a casa da atriz durante sua infância e a assediou duas vezes.

"Um dia ele me surpreendeu sozinha na sala, enfiou a língua no meu ouvido e chupou a minha orelha. Eu, completamente atordoada, não consegui oferecer resistência", afirmou a artista em seu relato.

Em outra ocasião, o abusador apalpou os seios de Maria Eduarda enquanto ela dormia, após uma festa de família. "Quando eu entendi o que tava acontecendo, eu me virei de bruços pra interromper aquele toque. Ele subiu em cima de mim e incompreensivelmente excitado, começou a esfregar o corpo dele contra o meu com força. Aí eu gritei. Eu berrei pela minha mãe, que veio ao meu socorro", relatou ela.

Maria Eduarda contou que sentiu a necessidade de se abrir sobre o abuso após a fala de Jair Bolsonaro sobre meninas venezuelanas. Na ocasião, o presidente disse que "pintou um clima" com meninas de 14 anos.

Maria Eduarda de Carvalho criticou a fala do presidente e ressaltou que teve sorte de ser socorrida por sua mãe: "Milhares de meninas não podem e estão nesse momento inteiramente reféns de homens como o presidente da república Jair Bolsonaro, que acredita que pode ter 'pintado um clima'. Não pintou um clima, pintou um crime. Pelos nossos corpos, pelos corpos das nossas filhas, não dá para relativizar".

A artista também fez fortes críticas aos partidos que apoiam Bolsonaro. Na última quarta-feira (19), todos eles votaram 'não' ao projeto de lei que transformaria a pedofilia em crime hediondo.

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