Compare invasão ao Congresso, em Brasília ao ataque do Captólio, nos Estados Unidos
Dois anos após a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, bolsonaristas invadem prédios públicos em Brasília.

A invasão dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) por bolsonaristas antidemocráticos neste domingo (8) relembrou a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, dois anos atrás.
Os atos têm algumas semelhanças, além de dois anos e dois dias de diferença, como a contestação do resultado eleitoral. Veja abaixo:
Nos Estados Unidos, os apoiadores do então presidente Donald Trump (Republicanos), derrotado nas urnas para Joe Biden (Democratas), não aceitavam o resultado.
Nos atos deste domingo, bolsonaristas não aceitavam o resultado das eleições de outubro, em que o ex-presidente perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva.
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Objetivo do vandalismo
Diferente dos bolsonaristas radicais, que clamam as Forças Armadas deem um golpe e tomem o poder; nos Estados Unidos, os manifestantes pediam uma recontagem oficial dos votos, em que, segundo eles, Trump teria vencido.
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Alvo das invasões
Nos Estados Unidos, foi o Capitólio, casa do poder legislativo. No Brasil, o alvo era o prédio do Superior Tribunal Eleitoral (STF), mas os antidemocráticos destruíram também o Palácio do Planalto (sede do Executivo) e o Congresso Nacional.

Bolsonaristas invadem Congresso, Planalto e STF, sedes dos três Poderes, em Brasília - Sergio Lima / AFP
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Ataques aos prédios públicos
Naquele 6 de janeiro de 2020, o Capitólio nos EUA estava repleto de parlamentares, uma sessão estava sendo realizada.
No Brasil, os prédios estavam vazios porque Congresso e STF estão de recesso no mês de janeiro. A ausência de demais servidores se deve por ser domingo.
Lula não estava em Brasília durante a manifestação porque foi à Araraquara, interior de São Paulo, cidade devastada por fortes chuvas.

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. - Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Vandalismo
Em diversos vídeos era possível ouvir "Quebra tudo, quebra tudo!". O radicalismo e os danos ao patrimônio público foi semelhante nos dois atos.
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Prisões
No Brasil, cerca de 170 pessoas foram presas (atualizado às 20h15). Nos Estados Unidos, mais de 950 pessoas foram detidas.
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Ação policial
Diferente do Brasil, onde os manifestantes invadiram - sem dificuldade - as pequenas barricadas da polícia militar do Distrito Federal e diversos vídeos circularam nas redes sociais onde agentes do Estado estão conversando pacificamente com os manifestantes; as autoridades americanas agiram de forma imediata para conter os danos.

PMs são flagrados TIRANDO FOTOS e CONVERSANDO com INVASORES em BRASÍLIA