QUAIS OS SINAIS DE AUTISMO: entenda SINAIS do AUTISMO e confira MITOS e VERDADE do distúrbio
Conheça alguns sinais do autismo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente chamado de autismo, é caracterizado como um distúrbio do desenvolvimento neurológico, relacionado a dificuldades comportamentais, desenvolvimento da comunicação e socialização.
Neste domingo (2) é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como intuito chamar a atenção para a disseminação de informações confiáveis e a inclusão das pessoas com TEA.
Nesta matéria confira mitos e verdades do Autismo listados por especislistas do Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM).
MITOS E VERDADE SOBRE O AUTISMO
1. Existem tipos diferentes de autismo.
Verdade. De acordo com a psicóloga Ana Paula Ribeiro Hirakawa, que atua no Centro Especializado em Reabilitação (CER) IV M’Boi Mirim, gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, existem quatro tipos de déficit.
Estes se diferem entre si, e englobam cinco fatores: comunicação; interação social; repertório restrito; e comportamentos estereotipados e repetitivos.
Além disso, o autismo também apresenta variações em níveis.
“Existem três níveis de gravidade dentro do espectro autista, dos quais serão avaliados os prejuízos na comunicação social e os padrões de comportamentos restritos e repetitivos, sendo eles: nível 3, exigindo apoio muito substancial, nível 2, exigindo apoio substancial e nível 1, exigindo apoio.”
2. Toda pessoa com TEA tem inteligência acima da média.
Mito. O autismo pode apresentar inúmeros níveis de sintomas e níveis.
Pessoas com TEA que têm habilidades direcionadas para algum assunto de interesse, mas não são todas, afirma a especialista.
3 . É possível ser diagnosticado com autismo depois de adulto.
Verdade. Apesar dos sinais começarem a surgir nos primeiros anos de vida, a especialista explica que os sintomas podem não ser percebidos.
“A pessoa com TEA pode se adaptar como qualquer outra, mas pode seguir apresentando dificuldades que interferem no seu dia a dia – por exemplo, nas relações sociais – porém que não foram investigadas e acompanhadas anteriormente”.
Ainda conforme a profissional, o diagnóstico é clínico, ou seja, não existe um exame específico para detectá-lo, por isso, ele deve ser feito a partir da observação do paciente.
Alguns sinais do distúrbio podem ser: atraso na fala, interesse compulsivo por determinados assuntos e dificuldades de socialização e participação de atividades em grupos.
“A observação clínica se mostra importante para o diagnóstico, em que se considera a singularidade e subjetividade de cada sujeito, lembrando que é preciso ter cuidado para classificações generalizadas e banalizadas, não é possível fazer um diagnóstico somente com um check-list obtido na internet”, alerta.
Ana ressalta, ainda, ser importante realizar uma investigação para excluir outros possíveis diagnósticos como avaliação auditiva e neurológica.
4. O tratamento para o autismo é multidisciplinar.
Verdade. O tratamento pode envolver diversos profissionais, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, entre outros.
“É sempre importante utilizar atividades de interesse e escolha do paciente, para uma maior vinculação terapêutica, protagonismo na atividade e melhor desempenho no processo terapêutico”, completa.
Vivian também destaca o papel da família no progresso do tratamento, praticando a inclusão e empoderando o indivíduo.
“É essencial que a família insira o paciente em todas as atividades e rotina da casa, e nunca fazer por ele, mas sim auxiliá-lo a fazer e participar, mesmo que seja uma tarefa simples ou de forma adaptada”.