Da OceanGate, o submarino Titan desapareceu nas profundezas do Oceano Atlântico Norte no dia 18 de junho de 2023.
A mais de 3,8 km de profundidade, o submersível implodiu e matou os cinco tripulantes a bordo.
Em 22 de junho, partes do submarino Titan foram encontradas a cerca de 500 metros da proa do navio naufragado Titanic - o destino do subaquático.
Recentes cálculos feitos pelo engenheiro e especialista em submarinos José Luis Martín para o Jornal NIUS revelaram que o Titan enfrentou momentos de terror, que duraram entre 48 e 71 segundos, desde a perda de estabilidade até a implosão.
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Segundo Martín, o submersível teria entrado em queda livre, e os passageiros “caíram e se amontoaram uns sobre os outros”.
Ainda de acordo com o engenheiro, o submarino Titan desceu por 900 metros em posição vertical "como se fosse uma pedra e sem nenhum controle". "Tinha que ser como um filme de terror", conta Martín.
Recentemente, a OceanGate publicou no site oficial que "todas as explorações e operações comerciais estão suspensas".
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"SABIAM QUE SEU FIM SE APROXIMAVA"
"Estavam caindo descontroladamente e sabiam que seu fim se aproximava. Foi sem dúvida o pior, porque depois tudo aconteceu muito rapidamente. Foi uma contração instantânea. A implosão foi como se um balão fosse perfurado. A morte súbita foi imediata", finaliza Martín
Somado a isso, o ex-assessor e conselheiro da OceanGate, Rob McCallum, afirmou que os tripulantes souberam que havia algo errado antes da implosão.
McCallum disse ter recebido relatórios iniciais sobre o Titan. Os dados mostram que o submarino "perdeu peso" para tentar abortar o mergulho e chegar à superficie.
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"Ele derrubou os pesos. Então, perdeu as comunicações e o rastreamento, e uma implosão foi ouvida", contou o conselheiro.
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Para entender como ocorreu a implosão, Martín levou em consideração o peso do submersível, o empuxo, a massa, a aceleração, a velocidade de queda de um corpo livre e o coeficiente de atrito que a água exerce contra um corpo em queda.
"Às 09h45 houve, inevitavelmente, uma falha elétrica que deixou o submersível sem propulsão. E quando faltou essa propulsão, o peso dos passageiros e do piloto (cerca de 400 quilos) desequilibrou a estabilidade longitudinal”, explica José.
O especialista conta que o Titan implodiu entre 2.500 e 2.700 metros.
“O Titã muda de posição e cai como uma flecha na vertical, porque os 400 quilos de passageiros que estavam na vigia desequilibram o submarino", diz.
Somado a isso, o Titan, ao cair nas profundezas em posição vertical, "o casco foi submetido a um súbito aumento de pressão e então houve uma forte compressão".
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"Entre 48 e 71 segundos em que caíram descontroladamente até o momento da implosão. Esse momento deve ter sido extremamente difícil para todos, porque estavam caindo descontroladamente e sabiam que seu fim se aproximava. A implosão foi como se um balão fosse perfurado. A morte súbita foi imediata", finaliza
Os cálculos podem ser consultados aqui.
COMO FUNCIONAVA O SUBMARINO TITAN?
Com três telas, um botão e um banheiro improvisado, o submarino Titan possuía uma única vista direta para o oceano.
Vale ressaltar que o submarino Titan não funcionava de maneira autônoma e necessitava, portanto, do controle de uma plataforma de apoio. Por conta disso, trata-se de um submersível e não submarino.
De acordo com as autoridades, os destroços foram encontrados perto de onde estão os restos do Titanic, por uma das sondas que fazem as buscas.
"A aeronave canadense P-3 detectou ruídos subaquáticos na área de busca. Como resultado, as operações foram realocadas na tentativa de explorar a origem dos ruídos. Essas buscas ROV produziram resultados negativos, mas continuam", informou a Guarda Costeira
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QUEM ERAM OS PASSAGEIROS?
Veja quem estava a bordo:
- Hamish Harding, bilionário empresário e explorador britânico;
- Shahzada Dawood, empresário paquistanês;
- Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês;
- Paul-Henry Nargeolet, o maior especialista do naufrágio do Titanic;
- Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate.