PÉ DIABÉTICO: Quais os sintomas do pé diabético? Veja sinais e tratamento
Veja os sintomas e como tratar o pé diabético
Uma importante fração dos diabéticos acaba por ter alterações dos membros inferiores, como déficits sensitivos e motores (neuropatia diabética), alterações da posição das articulações do pé (artropatia diabética) e feridas e infeções do pé (pé diabético).
Dá-se o nome de "pé diabético" aos diversos problemas do pé que ocorrem como complicação da diabetes. Ele associa-se a importantes consequências médicas, sociais e econômicas para os pacientes, para a sua família e para sociedade.
Leia nesta matéria:
- Sintomas
- Causas
- Diagnóstico
- Tratamento
Sintomas do pé diabético
A diabetes pode causar alterações na cor da pele. Os pés podem ficar muitos secos e a pele estalar, como resultado das lesões dos nervos que são essenciais para o controle da oleosidade e umidade da pele. Por este motivo, é importante, após o banho, secá-los bem e usar um creme hidratante. Convém não o colocar entre os dedos porque o excesso de umidade pode facilitar a infeção.
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Além disso, o pé diabético apresenta maior tendência para a formação de calos em zonas de maior pressão, sobretudo na planta do pé. Se não forem tratados, os calos podem ulcerar.
Embora não causem dor, as úlceras devem ser prontamente tratadas de modo a evitar a infeção. Uma úlcera mal tratada pode causar a perda de uma perna. Estima-se que cerca de 85% das amputações dos membros inferiores dos diabéticos sejam precedidas de úlceras. Na verdade, as úlceras e infeções do pé são a principal causa de internamento prolongado nos doentes diabéticos.
Causas
O pé diabético é uma complicação da diabetes, que tende a perturbar o sistema vascular em áreas do corpo como os olhos, rins, membros e pés. Na diabetes, os vasos sanguíneos ficam estreitados e endurecidos.
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Na presença de má circulação, torna-se mais difícil o combate às infecções e todo o processo de cicatrização fica comprometido. A pele fica mais seca e os pés podem inchar. O tabaco agrava esta perturbação vascular da diabetes bem como a hipertensão arterial ou o excesso de colesterol.
Outro dos efeitos da má circulação é a ocorrência de dor quando se caminha depressa, sobre uma superfície dura ou numa subida.
Para além da má circulação, o pé diabético resulta da chamada neuropatia, que corresponde a uma perturbação do funcionamento das estruturas nervosas e que provoca uma redução da sensibilidade à dor, ao frio e ao calor. Na sua presença, um pequeno corte, um calo ou uma bolha podem progredir sem serem detectados, originando ulceração e, em casos extremos, obrigando a uma amputação.
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Diagnóstico
O exame objetivo dos pés, dedos e unhas à procura de bolhas, cortes, arranhões ou unhas encravadas que podem causar úlceras adicionais é fundamental no diagnóstico desta condição.
A avaliação da forma do pé, da marcha e da qualidade dos sapatos ajuda a corrigir as alterações e a reduzir o risco de surgimento ou agravamento do pé diabético.
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Pode ser necessário recorrer a outros exames:
- Raio-X para avaliar alterações no alinhamento dos ossos do pé ou revelar uma perda de massa óssea, que pode ocorrer como resultado de desequilíbrios hormonais relacionados com a diabetes;
- Ressonância magnética para identificar a extensão dos danos causados por uma úlcera;
- Análises sanguíneas, se houver sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço ou calor no pé.
Tratamento
Manter os pés secos, sobretudo entre os dedos, as unhas bem cortadas, usar calçado adequado, não andar descalço para evitar pequenas feridas, são passos simples mas essenciais.
Para melhorar a circulação, os pés devem ser mantidos numa posição elevada quando o paciente está sentado. É também útil mexer os dedos várias vezes por dia e, se possível, ficar na ponta dos pés de modo regular para melhorar a circulação nas pernas e nos pés. Não se devem manter as pernas cruzadas durante muito tempo e não se devem usar meias muito apertadas.
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O controle da diabetes, hipertensão arterial e colesterol é igualmente muito importante. Como o tabaco compromete a circulação e o risco de amputação é maior em diabéticos fumantes, é obrigatório não fumar.
Prevenção
A atividade física é uma excelente aliada contra a diabetes e contra o pé diabético. Caminhar, dançar, nadar, andar de bicicleta são exercícios que estimulam a circulação, ajudam a controlar a tensão arterial, o colesterol e os níveis de açúcar.
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É importante adequar o tipo de esporte às limitações de cada um e, nesse sentido, é essencial ouvir e seguir as recomendações médicas sobre esta matéria.
Vale lembrar que este artigo não substitui a avaliação médica regular, sendo apenas de caráter informativo.