Pré-estreia de "Meu Nome É Gal" traz Sophie Charlotte e Dandara Ferreira ao Recife nessa terça-feira (03/10)

"Meu Nome É Gal", filme biográfico de Gal Costa, contou com pré-estreia no Recife nessa terça-feira (03/10), com a presença de Sophie Charlotte, estrela do longa, e Dandara Ferreira, que dirigiu a produção ao lado de Lô Politi.

A pré-estreia do longa ocorreu no Cinema do Museu, da Fundação Joaquim Nabuco, no bairro de Casa Forte. 

Sem dúvidas, Gal Costa é um nome que dispensa apresentações. Em seus 57 anos de carreira, a saudosa cantora baiana, nascida Maria da Graça, conquistou a todos com sua voz e presença de palco únicas. 

É buscando fazer jus ao nome (e a toda a graça) da saudosa artista, falecida em novembro de 2022, que o filme biográfico "Meu Nome É Gal" chega aos cinemas na próxima semana.  

Iniciando o ciclo de exibição filme de Meu Nome É Gal, foram realizadas nessa terça (03), pré-estreias no Recife e em Salvador. 

Sophie Charlotte fala sobre a jornada como Gal Costa: "o processo mais delicioso da minha vida"

Na pré-estreia recifense do filme, Sophie Charlotte destacou a importância das trocas de aprendizado com diferentes figuras, como pesquisadores e fãs de Gal Costa.

"Foi o processo mais delicioso da minha vida. Muito emocionante, intenso, profundo, feito por muitas pessoas", declarou.

Ainda que o filme foque em um período específico da carreira de Gal, entre os anos 60 e 70, Sophie revela ter buscado uma imersão por toda a carreira da artista para a sua performance. 

"Acho que a obra dela é tão plural, tão múltipla que realmente você não cansa nunca, você vai mergulhando cada vez mais profundamente, descobrindo camadas".

Para Sophie, é difícil pôr em palavras o processo de cinco anos para viver Gal Costa. Quanto mais ela descobria sobre a artista, mais curiosa se tornava.

"Eu começava em ponto, em um disco, e tudo se ampliava em significados", afirmou a atriz. 

Sophie define a experiência de ter participado de "Meu Nome É Gal" com a aprovação da artista como um verdadeiro sonho.

"É um filme para ela. Não só sobre ela, mas foi feito para ela. É quase um presente".

"Meu Nome É Gal" mostra a transformação de "Maria da Graça" em "Gal Costa"

Dandara Ferreira, diretora do filme, também atua na produção como Maria Bethânia, e falou sobre a produção do filme e a escolha do período histórico. 

"O recorte de tempo é muito pensado na questão da transformação de Maria da Graça, Gracinha, em Gal Costa. É uma transformação não só profissional, mas pessoal da Gal."

"A gente vem de uma menina tímida, 'João Gilbertiniana', que cantava baixinho, e que se transforma, justamente nesse período, com a Tropicália e tudo que acontece externamente, a questão política, a questão estética."

"[O período mostrado no filme mostra] tudo que alimentou ela externamente para sair essa explosão, essa voz política, estética, muito através do corpo, da voz, do canto. O grito dela ali era uma forma de se expressar diante de tudo que estava acontecendo na ditadura", declarou Dandara.

"Depois, no que vem pela frente na carreira da Gal, ela já estava consolidada nesse lugar da Gal Costa."

Anteriormente, Dandara já havia trabalhado com a série documental "O Nome Dela É Gal", exibida na HBO em 2017, e que foi a base da pesquisa para o longa.  

Sobre "Meu Nome É Gal"

"Meu Nome É Gal" mostra a ida de Gracinha (Sophie Charlotte) para o Rio de Janeiro e sua transformação em Gal Costa, ao lado de figuras como Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), Maria Bethânia (Dandara Ferreira) e Gilberto Gil (Dan Ferreira).

O filme mostra a adoção do nome artístico Gal, após sugestão do empresário Guilherme Araújo (Luis Lobianco) e a criação de sua icônica turnê "Fa-tal, Gal a todo vapor", de 1971, ao lado do diretor Waly Salomão. 

O filme é dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi, com roteiro de Lô Politi, Maíra Buhler e Mirna Nogueira. A estreia nos cinemas para o público geral é no dia 12 de outubro.