JPCM no Rec and Play

Primeiro dia de Rec and Play, no Recife Antigo, com uma movimentação diferente. Muito maior. Vibrante. Colorida. Comunicativa.Gente com sotaques variados. Turistas, nerds, geeks, estudantes e trabalhadores da área de inovação, economia criativa, cidades inteligente, startups,  no primeiro dia do festival de tecnologia do Recife.

Dentre vários palestrantes, celebs e cabeças pensantes, o empresário João Carlos Paes Mendonça, que dividiu o palco com Silvio Meira e Rosário de Pompeia, no Cais do Sertão, discutir e transmitir aprendizados da vida inteira.

O presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, comemora os bons números nesta edição do evento. "Tivemos mais de 50 mil inscrições já; dez mil a mais do ano interior", comentou.

Como foi a entrevista de marketing de futuro?

Rosário de Pompeia comandou a entrevista, sobre marketing, ao lado de Silvio Meira. Ela, aliás, começou sua carreira no jornalismo há 20 anos no SJCC. 

João Carlos dividiu destalhes de sua jornada iniciada numa mercearia no interior de Sergipe até a primeira loja, aos 28 anos, no Recife, cidade em que escolheu para passar sua lua de mel. "Foi uma ousadia, de um cara maluco, enfrentar uma concorrência pesada, usando o slogan Uma loja de Casa Amarela servindo a cidade inteira, tendo como concorrente os banqueiros do Batista da Silva com o Comprebem", disse.

Quais as melhores estratégias?

Sobre estratégias, ele trouxe a história sobre o primeiro clube de fidelização que ele acredita que existiu. "Começou com meu pai na mercearia ao fornecer a água aos clientes. Aprendi nessa época como deveria cuidar das pessoas".  

Outras ações de "marketing do futuro" já usadas pelo empreendedor também foram citadas, mas JCPM prefere usar relacionamento como O orgulho do ser nordestino. "Não era slogan, era um estado de espírito", citou. Outra lembrança foi o Bloco da Parceria que já juntou mais de um milhão de pessoas.. "Você fazia criação de comunidades, uma das premissas do nosso estudo, isso desde sempre", comentou Silvio Meira.  

'A pessoa tem que estar em primeiro lugar. E com responsabilidade social. Temos uma obra na minha cidade Natal com crianças, estudantes, idosos e que me deixa orgulhoso e o Instituto JCPM de Compromisso Social", destacou o empresário.

"Não pode confundir responsabilidade com compromisso. Responsabilidade é uma obrigação, uma regra fiscal, compromisso é pessoal, amoroso, de retribuir a vida que ela deu", contribuiu Silvio Meira.

O cliente no centro do negócio

O dono sempre tem que estar dentro do negócio. "Nós tínhamos qualidade, respeito aos clientes, funcionários e fornecedores, relacionamento bom e dedicar-se ao cliente", contou. 

Para aprender mais sobre o negócio, o empresário foi estagiar por três meses nos EUA para conhecer o que se passava no mundo. "Eu era curioso, fiz pesquisa, aprendi a ouvir as pessoas e saber interpretar. Depois fui mais de 70 vezes fazer benchmarking".

Uma vida motivada pelo desafio

"O que levou você a começar de novo, do zero, aos 73 anos, em Portugal?". "Disposição para servir. Estava aposentado, me apaixonei pela região e gostava de beber vinho. Contratei Dirk Niepoort que era um especialista do assunto e começou". João Carlos, aliás, é, hoje, um dos comendadores da Ordem do Vinho do Douro.

Sobre empreender ainda, vale destacar: 'Bom é ser bom no que a gente faz. Avalie. Paciência". João Carlos também deu alguns conselhos: "Vale errar, mas não pode ter teimosia. Perguntem. Perguntem a pessoas certas"

Presença da governadora e da vice

A governadora Raquel Lyra e a vice Priscila Krause chegaram um pouquinho atrasada, mas pararam, literalmente, a apresentação. Foram bastante aplaudidas. João Carlos, aliás, se emocionou quando viu as duas na primeira fila. 

A governadora Raquel falou, de improviso, sobre as possibilidades de empreendedorismo, negócios e inovação com o ecossistema do Porto Digital. "O governo de Pernambuco pode ser o maior cliente. Sei que tem muitos desafios, mas também iniciativas com oportunidade e soluções", contou. A chefe do Estado ainda lançou um desafio para que se possa transformar a forma de como o Estado se relaciona com o cidadão de forma eficiente.