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Ex-funcionária do Facebook abre porta a leis mais rígidas a gigantes do setor

Os parlamentares pediram o fortalecimento das leis de privacidade e concorrência, proteções online especiais para crianças, mais transparência nos algoritmos de mídia social e endurecimento da responsabilidade das plataformas

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Estadão Conteúdo

Publicado em 05/10/2021 às 18:16
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A ex-funcionária do Facebook Frances Haugen detalhou em um painel no Senado dos EUA nesta terça-feira (5) documentos internos reunidos por ela que mostram uma série de impactos negativos gerados por produtos da empresa - revelações que os senadores disseram ter criado um impulso para regulamentações mais rígidas sobre a gigante da tecnologia.
Os parlamentares pediram o fortalecimento das leis de privacidade e concorrência, proteções online especiais para crianças, mais transparência nos algoritmos de mídia social e endurecimento da responsabilidade das plataformas.
"O Facebook sabe que os seus produtos podem ser tóxicos e viciantes para as crianças", disse o senador Richard Blumenthal (Connecticut), presidente do Subcomitê de Proteção ao Consumidor do Senado que conduziu a audiência.
Ele convocou o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, a comparecer perante o Congresso para testemunhar, classificando a empresa como "moralmente falida".
Além dos documentos que mostram que o aplicativo Instagram, pertencente ao Facebook, causa depressão e ansiedade em garotas adolescentes, Frances Haugen divulgou outros arquivos da empresa, incluindo regras de moderação que favorecem as elites, algoritmos que promovem discórdia e informações de como os cartéis de drogas e traficantes de pessoas usam os serviços da rede social abertamente.
Frances Haugen trabalhou até abril como gerente de produto contratada para ajudar na proteção contra a interferência eleitoral no Facebook.
"Continuamos a fazer melhorias significativas para combater a disseminação de informações incorretas e conteúdo prejudicial", disse a empresa em comunicado.
O depoimento motiva republicanos e democratas a atualizarem a lei de 1998 conhecida como Coppa e que rege os sites que coletam dados de crianças.
 

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