UE diz que Facebook e YouTube eliminam menos discursos de ódio do que antes
As plataformas eliminaram uma média de 62,5% de conteúdo denunciado por 35 grupos anti-discriminação em 22 Estados-membros entre março e abril. Esse número é menor que 71% de eliminações realizadas no mesmo período de seis semanas em 2019 e 2020
A União Europeia (UE) afirmou, nesta quinta-feira (7), que Facebook e YouTube eliminam menos discursos de ódio registrados em 2021 do que em 2020, enquanto aumenta a pressão para uma regulamentação mais rígida das redes sociais.
A revisão anual das plataformas sociais feita pela UE contra os discursos de ódio e realizada de acordo com as redes signatárias, nas quais se incluem, além das mencionadas, o Twitter, Instagram e TikTok, afirmou que a média de eliminação diminuiu.
As plataformas eliminaram uma média de 62,5% de conteúdo denunciado por 35 grupos anti-discriminação em 22 Estados-membros entre março e abril. Esse número é menor que 71% de eliminações realizadas no mesmo período de seis semanas em 2019 e 2020.
A análise mostrou que a eliminação de discursos de ódio diminuiu no Facebook e YouTube e aumentou no Twitter e Instagram. O TikTok, que foi avaliado pela primeira vez, removeu 80% do conteúdo reportado. Discursos de ódio sobre orientação sexual e xenofobia são os reportados com mais frequência, afirmou a UE.
No total, foram feitas 4.500 denúncias às plataformas durante o período analisado este ano. O acordo, ao qual o LinkedIn se uniu em junho, se baseia na participação voluntária das plataformas. Mas a UE prepara uma regulamentação mais ampla que reforçará os poderes do bloco.
>> Mark Zuckerberg nega que Facebook tenha priorizado lucro em detrimento de segurança
>> Quem é Frances Haugen e por qual motivo ela está denunciando o Facebook?
>> Pane expõe dependência do brasileiro de WhatsApp, Facebook e Instagram
Quando for aprovada, as redes sociais poderão ser multadas se não agirem contra os conteúdos ilegais, e obrigará uma maior transparência sobre os critérios para mostrar as publicações aos usuários. A iniciativa é discutida no Parlamento europeu e no Conselho Europeu dos 27 membros da UE.