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Cisco desenvolve ‘5G na caixa’ para atender áreas sem conexão

Ainda se ajustando à nova demanda pós-pandemia, a Cisco anunciou a implantação de uma "torre" no Brasil para a plataforma de comunicação Webex

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Lucas Moraes

Publicado em 06/04/2023 às 6:33
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A partir do mês de agosto, a Cisco começa a testar com empresas a solução 5G-in-a-Box. Desenvolvida com coordenação da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), gestora do programa prioritário de interesse nacional PPI Internet Avançada do governo federal, e execução do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), o novo equipamento promete conexão em ambientes internos ou abertos até 20 quilômetros.

O objetivo do projeto, segundo a Cisco, é estimular a pesquisa e a indústria nacional, além de viabilizar e simplificar a adoção das tecnologias 5G em redes privadas e criação de espaços inteligentes conectados, podendo atender mais rápido áreas remotas do País.

"Não é um produto Cisco, é uma iniciativa de promoção à produção e desenvolvimento tecnológico. Pode virar um produto se alguma empresa se interessar”, reforça o diretor de digitalização da Cisco, Rodrigo Uchôa.

Apesar de não haver interesse da multinacional na produção do equipamento para venda, os testes com empresas estão previstos para o mês de agosto, com projeto piloto ainda neste segundo semestre.

“O projeto 5G-in-a-box, além de cooperar para o desenvolvimento tecnológico no Brasil, também oferece dois benefícios de considerável relevância. O primeiro deles é aumentar o número de soluções dentro do cenário de conexão 5G para redes privativas, intensificando a competitividade no setor e atendendo às diferentes verticais da economia brasileira, como o agronegócio, a saúde e a indústria. O segundo é formar engenheiros e engenheiras capazes de desenvolver soluções de alta complexidade nas áreas de telecomunicações, computação e eletrônica", destaca o diretor do Inatel, professor Carlos Nazareth Motta Marins.


Hub brasileiro na América Latina

Ainda se ajustando à nova demanda pós-pandemia, a Cisco anunciou a implantação de uma "torre" no Brasil para a plataforma de comunicação Webex, somando-se a outras 15 em todo o mundo.

A intenção é aprimorar a qualidade dos serviços, com incremento da disponibilidade local de todo o portfólio de Webex, como a plataforma low-code chamada de Webex Connect, que permite integração de canais de comunicação, promovendo uma nova era de interação entre negócios e clientes ou empresas e seus funcionários.

“O Brasil até então estava ‘pendurado’ em uma torre nos EUA, porque era o caminho mais curto que tínhamos. Passamos a ter um volume maior no Brasil e na América Latina. E o Brasil é estratégico em termos de conectividade, é um hub mais fácil de saída de cabos para Europa e EUA”, explicou Ricardo Mucci, presidente da Cisco no Brasil.

Segundo ele, antes a operação no Brasil estava ligada à torre norte-americana, o que, por vezes, gerava uma onda de reclamações ligadas à intermitência.

“Quando falo de toda plataforma é, sim, toda. Já temos calling, toda parte de contact center, mensageria, voz de forma ampla. A América Latina passa a se conectar pelo Hub do Brasil, melhorando a experiência também nos países vizinhos”, reforça Mucci.

 

Vagas

Nos próximos cinco anos, a empresa busca ainda no Brasil a profissionalização de 100 mil pessoas. Por meio do Cisco Networking Academy (NetAcad), e o Senac Nacional foram abertas vagas para, em meia década atingir essa marca por meio de cursos de habilidades digitais, segurança cibernética e redes, oferecidos pelo Senac.

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