Baixa flexibilidade no corpo aumenta risco de morte, aponta estudo

A relação entre flexibilidade e longevidade tem ganhado cada vez mais atenção na comunidade científica. Recentemente, especialistas brasileiros divulgaram um estudo que aponta a flexibilidade como um importante indicador da expectativa de vida.

Publicada no Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, a pesquisa sugere que a capacidade de alongamento em pessoas de meia-idade está associada a um risco menor de mortalidade nos anos seguintes.

De acordo com o estudo, adultos com idade entre 46 e 65 anos que apresentaram bons níveis de flexibilidade tiveram um risco 10% menor de morrer nos 12 anos seguintes.


Ou passe os stories para mais novidades. Sua escolha, seu conteúdo! 👀 🔍
IR PARA JC.COM.BR

A pesquisa utilizou o flexiteste, desenvolvido pelo médico Cláudio Gil Araújo, para avaliar a capacidade motora dos participantes. "O que nossos dados sugerem é que pessoas com baixa flexibilidade estão mais propensas a quedas, lesões, diabetes descontrolada e à inatividade física", explica o Dr. Araújo.

Como é realizado o teste de flexibilidade?

O flexiteste consiste em 20 movimentos específicos que avaliam a mobilidade das articulações do corpo. A realização do teste requer a ajuda de um profissional.

Esse profissional guiará o participante em cada movimento e atribuirá uma pontuação de 0 a 4 para cada exercício. A soma das notas gera um resultado que varia de 0 a 80.

O estudo analisou os resultados de 3.100 pessoas, sendo 66% homens. As mulheres, em média, apresentaram um desempenho 35% superior aos homens e tiveram menor incidência de mortes prematuras.

Impacto da flexibilidade na expectativa de vida

Os dados mostram que os homens com menor pontuação no teste (entre 6 e 19 pontos) tiveram um risco de 55% de mortalidade nos 12 anos seguintes.


Ou passe os stories para mais novidades. Sua escolha, seu conteúdo! 👀 🔍
IR PARA JC.COM.BR

Já entre as mulheres com notas mais baixas (de 9 a 29), o risco foi de 40%. Por outro lado, homens com pontuação acima de 49 e mulheres com mais de 56 pontos apresentaram menos de 1% de chance de morrer por causas naturais nos próximos 10 anos.

Como manter e melhorar a flexibilidade com o passar dos anos

A flexibilidade é uma das capacidades físicas que mais se deteriora com o envelhecimento.

"A flexibilidade é um dos poucos marcadores do desenvolvimento corporal que perdemos de forma contínua. Mas isso não significa que não podemos recuperá-la", afirma o especialista.

Para preservar e melhorar a flexibilidade, é essencial incorporar exercícios de alongamento na rotina e buscar acompanhamento profissional. Isso pode contribuir para uma vida mais longa e saudável.

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como orientação profissional de exercício físico. Para obter orientações específicas sobre rotinas de exercícios, treinamento ou preocupações relacionadas, é essencial consultar um profissional de educação física especializado.”