Campanha pede medula óssea para criança de seis anos com leucemia

O pequeno Heitor Ferreira, de seis anos, luta contra a leucemia há quase quatro. Internado no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) desde o último dia 24 de agosto, ele precisa urgentemente de um transplante de medula óssea para ganhar algo importantíssimo: tempo para combater a doença. 

Nessa terça-feira (29), ele deixou a UTI da unidade para iniciar um novo tratamento. "Trata-se de um paliativo, enquanto ele espera a doação da medula óssea", explica o fiscal Almir Ferreira, 35, pai do menino.   

A doença foi descoberta quando o garoto tinha dois anos e seis meses. "Tudo começou com um incômodo no pé direito. Procuramos uma UPA e lá foi feita uma radiografia. Não havia fratura. Percebemos que algo estava errado quando o machucado passou para a outra perna", conta o pai. O diagnóstico de leucemia LLA veio em seguida.  

O primeiro tratamento, que durou mais de dois anos, foi um sucesso. Mas um mês e meio depois, a doença reapareceu. Ainda durante o tratamento, houve uma segunda recaída, na semana passada. "Sabíamos que, após uma segunda piora, a possibilidade de cura era quase zero. Com o transplante, os médicos disseram que há uma chance de 25 a 30%." 

É nessa possibilidade que a família deposita as esperanças. "Estamos correndo contra o tempo, Heitor precisa do transplante o mais rápido possível. Graças a Deus, nossa campanha está tomando proporções maiores do que imaginávamos. Não é mais só pelo meu filho, mas pra todos que precisam de medula."  

COMO AJUDAR

Para ser um doador, basta procurar o Hemope, nas Graças, Zona Norte do Recife. É necessário  ter entre 18 e 55 anos e estar em boas condições de saúde.  Os candidatos à doação assistem a palestras e vídeos educativos, depois assinam um termo de consentimento para doar. Todas as dúvidas deverão ser esclarecidas antes da assinatura. Após, fica registrado que o doador concorda em dar prosseguimento ao processo e que tem a intenção de doar. 

Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue para testes de histocompatibilidade (HLA). É indispensável apresentar um documento original com foto, ter o conhecimento do número do CPF e levar o CNS (Cartão Nacional de Saúde), caso possua. 

Informações sobre o caso de Heitor podem ser acompanhadas através do Facebook.