TRANSPLANTE

Doador paranaense chega ao Recife para transplante de medula óssea

O eletricista doou sangue em maio deste ano e, apenas três meses depois soube que era um doador compatível. Procedimento acontece em setembro.

Editoria de Cidades
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Publicado em 26/08/2016 às 19:14
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O eletricista doou sangue em maio deste ano e, apenas três meses depois soube que era um doador compatível. Procedimento acontece em setembro. - FOTO: Foto: Divulgação
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A esperança para um paciente pernambucano chegou ao Recife na tarde desta sexta-feira (26), vinda do município de Ivaiporã, no Paraná.  Supervisor de linhas de transmissão de Furnas, o eletricista Paulo Cardoso de Oliveira, 55, desembarcou na capital pernambucana após receber a notícia de que a medula óssea era compatível com a de um paciente do Estado. O transplante acontecerá no dia 1º de setembro. 

O funcionário é o segundo a ser identificado na campanha Doe Vida!,  realizada mensalmente pela empresa em parceria com o Grupo Pró-Medula, para aumentar o número de pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). O supervisor doou sangue em maio deste ano e, apenas três meses depois, soube que era um doador compatível. A chance de encontrar um doador  é de 25% entre irmãos de mesmo pai e mesma mãe. A compatibilidade entre não familiares é de 1 em 100 mil. No Brasil, devido à miscigenação, as chances são ainda menores.

Cardoso realizará o transplante na idade considerada limite para se voluntariar à doação e a cinco anos do limite para a realização do procedimento. Além disso, o tipo sanguíneo do funcionário é AB+, que só pode doar para receptores com o mesmo tipo sanguíneo, o que torna o caso ainda mais raro. 

Conhecido pelo profissionalismo que leva para o campo durante as emergências, como quedas de torres de linhas de transmissão, ele deixa de lado a sisudez  e se emociona ao falar sobre a decisão de ser doador.

“Decidi parar de trabalhar depois de 30 anos e, na minha conversa com Deus, perguntei: o que vou fazer agora para me sentir útil? Doar é uma maneira de servir ao próximo. Quando você é um doador, você não está salvando apenas uma pessoa, mas uma família inteira”, afirma o eletricista, que começou a cursar Teologia há quatro anos e fez Pós-Graduação em Gestão de Pessoas. 

 DOADORES

O REDOME alcançou 4 milhões de cadastros de possíveis doadores em maio deste ano. Antes de 2003, a possibilidade de se encontrar um doador no registro para paciente brasileiro era inferior a 15%. Hoje, há mais de 80% de chance de se encontrar um doador compatível em fase inicial de busca e, ao final do processo, 64% dos pacientes terão um doador compatível para a realização do transplante. Em 2003, o registro tinha em torno de 35 mil doadores.

 

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