Operação Durga

Quadrilha que roubou Brinks financiava campanhas políticas, diz Polícia

Polícia apresentou detalhes sobre a prisão dos integrantes da quadrilha que explodiu a empresa Brinks em fevereiro, que teriam ligação com a organização criminosa PCC

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Publicado em 02/08/2017 às 11:07
Margarida Azevedo/JC
Polícia apresentou detalhes sobre a prisão dos integrantes da quadrilha que explodiu a empresa Brinks em fevereiro, que teriam ligação com a organização criminosa PCC - FOTO: Margarida Azevedo/JC
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A Polícia Civil apresentou na manhã desta quarta-feira (2) os detalhes da Operação Durga, que desarticulou a célula em Pernambuco da associação criminosa nacional que explodiu a empresa de valores Brinks em fevereiro deste ano. De acordo com a Polícia, além de explodir bancos e instituições financeiras, a quadrilha tinha ligação com a organização criminosa PCC e financiava campanhas políticas através de seu líder aqui no Estado, Willames Aguiar da Silva, 24 anos, preso nessa terça-feira (1º). No entanto, a Polícia não divulgou quais seriam os políticos beneficiados com o dinheiro vindo da quadrilha.

Ainda segundo a Polícia, Willames visava ser candidato futuramente e promovia benesses nas comunidades. João Gustavo Godoy, delegado que coordenou as investigações, afirmou que o inquérito contra a quadrilha é robusto de provas. "Essa é uma organização criminosa nacional, com atuação em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas e São Paulo. Temos evidências que eles atuaram na explosão do caixa eletrônico do Cornélio Brennand e no assalto ao cofre do Hiper Bompreço", afirmou.

Sobre o roubo da Brinks, a Polícia acredita que muitas lacunas foram preenchidas, como o valor levado, que foi bem menor do que os R$ 60 milhões divulgados inicialmente, o número de pessoas que participaram da ação, 15 no total, e a definição da atuação de cada um no dia do assalto.

Quadrilha era sistematizada como empresa

Para a Polícia, a quadrilha era sistematizada como uma empresa e tinha vários terceirizados, o que dificultou a ação dos policiais, e nasceu da prisão do Willames Aguiar com o suspeito de São Paulo que está foragido da Justiça desde essa terça (1º). Dos mandados cumpridos nessa terça (1º), dois já estavam presos. Gleiso Silva da Hora, 32 anos, já estava no Cotel há 1 mês, e Rodrigo Anderson Gomes de Souza, 35 anos, preso no Rio Grande do Norte há três meses por assalto a banco. Com os mandados de busca e apreensão, a Polícia apreendeu quatro carros, 12 celulares, 10 centrais eletrônicas de veículos e uma máquina de contar dinheiro.

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