Polêmica

Tévez diz que leva filho para favela para que ele não 'desmunheque'

A declaração foi motivo de debate e dividiu opiniões na Argentina

JC Online
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Publicado em 17/01/2018 às 18:29
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A declaração foi motivo de debate e dividiu opiniões na Argentina - FOTO: Foto: reprodução
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A forma que Carlitos Tévez tem criado o filho Lito, de três anos, despertou uma onda de críticas na Argentina. Em entrevista concedida ao canal de TV TyC Sports, o atacante contou como conduz a educação do garoto. As declarações causaram polêmica.

"Ele vai ao Fuerte Apache comigo. É pequeno, ainda, mas pense: a mãe, as irmãs, as avós…Ele é o único homem. Se eu não o levo para o bairro comigo para que lhe deem uns tabefes, ele desmunheca", explicou.

Furte Apache é o bairro onde o atleta foi criado, considerado uma favela na Argentina.

Ao entender que a declaração de Tévez poderia causar problemas para o jogador, um dos entrevistados disse que "Era uma tática para se fortalecer perante as dificuldades", mas o atacante manteve sua posição; "Eu o levo ao bairro comigo para ele se desenvolver com os moleques de lá. Para ele jogar bola", frisou.

Revolta

O comentário gerou revolta no argentinos, que não digeriram bem a saída de Tévez da China, onde, segundo o próprio, foi para "tirar férias por sete meses" antes de retornar ao Boca Juniors para a atual temporada.

Os moradores de Buenos Aires entenderam a declaração como uma prova de que o jogador vê a homossexualidade como "um problema" que é consertado com violência na favela.

O assunto virou debate nos meios de comunicação locais e dividiu opiniões entre especialistas. Uns contemporizaram o teor da declaração, enquanto outros consideraram um exemplo da "crise de educação" vivida no país.

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