Apesar de tanto Náutico como Santa Cruz não terem conseguido a vaga na Série B do ano que vem, o Timbu termina a temporada melhor avaliado que a Cobra Coral no que diz respeito à montagem do elenco. Com os pés no chão, os alvirrubros conseguiram mais êxito nas investidas quando se faz o balanço da temporada - foram 30 atletas contratados contra 39 dos tricolores. O ano como um todo é reflexo disso. Mesmo sem o acesso, o Náutico sai com um título estadual e vários jogadores valorizados, enquanto que o rival tenta se arrumar para não sair atrás novamente.
Um dos segredos do Timbu foi a aposta na revelação de jogadores da base. Isso fez com que o clube mantivesse um “capital ativo” nesse período de inatividade, emprestando vários atletas para equipes das Séries A e B. O Santa Cruz, por outro lado, não trouxe pratas da casa entre os destaques. Preferiu apostar forte em atletas mais experientes.
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No fim das contas, o Náutico tira um saldo positivo do seu elenco de uma maneira geral. Além dos atletas da base, que foram bem, como Robinho, Luiz Henrique e Bruno, o Alvirrubro acertou em cheio em algumas contratações. As duas principais foram o atacante Ortigoza e o meia-atacante Wallace Pernambucano, que foram os artilheiros do time na temporada.
Mas nem tudo foi perfeito em Rosa e Silva. Alguns atletas oscilaram muito, mesmo tendo sequência de jogos. Caso de Camutanga e Dudu, por exemplo. Já Thiago Ennes, Negretti, Rafael Ribeiro e Camacho atuaram bem no início do ano, mas foram perdendo espaço. Mesmo com o título, o desempenho dentro de campo não foi o suficiente para mantê-los entre os 11 principais.
Entre os mal avaliados, Medina, que não conseguiu se encaixar. Também saem em baixa Breno Calixto e Júnior Timbó, que não conseguiram uma sequência. Tiago Costa e Júnior Lemos chegaram como reforços para a Série C e não deram retorno positivo.
Já Gilmar, Rafael Oliveira e Tharcysio, junto com Luiz Carlos, não chegaram a ter muitos minutos em campo. Nem mesmo Tharcysio, que atuou em seis partidas, mais que os companheiros. Luiz Carlos substituiu Bruno uma vez e jogou como titular em outra oportunidade, enquanto que Gilmar e Rafael Assis atuaram pouco e oscilaram muito nos confrontos.
TRICOLOR
Já o Santa Cruz demorou para montar o elenco e terminou pagando caro com a falta de opções no fim da temporada. O jogador que teve o maior destaque foi o atacante Pipico, contratado de última hora para reta final da Terceirona. Ele se consagrou artilheiro coral na competição com seis gols. Além dele, o companheiro de pelotão de frente Robinho também roubou a cena. Participou de 38 dos 40 jogos da temporada e se tornou o maior goleador do ano do time com oito gols.
Outros jogadores que não foram protagonistas, mas agradaram em campo foram os experientes Ricardo Ernesto e Sandoval (o primeiro já renovou o contrato e o outro interessa ao clube). Os jovens Willian Maranhão, Charles e Jailson também foram aprovados. A Cobra Coral não conseguiu permanecer com Willian, mas Charles chegou com contrato de dois anos e Jailson está na mira para renovar.
A grande decepção foi Carlinhos Paraíba, que chegou como a principal contratação e não correspondeu. Na mesma linha, Lima, que entrou em campo apenas uma vez e nem foi apresentado; Valdeir, não chegou a jogar 90 minutos; Tiago Machowski, com uma eterna guerra contra a balança e atuações irregulares; além de Genilson, Leandro Costa e Augusto. Todos pouco mostraram em campo.
Maílton, Allan Vieira, Augusto Silva, Eduardo (renovou contrato), Arthur Rezende e Geovani tiveram atuações regulares. Únicos jogadores revelados na base coral no elenco que terminou a Série C, Eduardo Brito e Jeremias não conseguiram uma sequência positiva e ficaram entre os reservas.
