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Uma cidade dentro do Jockey Club de Pernambuco

Local possui mercearias e igrejas; JCPE não sabe precisar o número exato da população

Matheus Cunha
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Matheus Cunha
Publicado em 08/12/2016 às 9:11
Diego Nigro/JC Imagem
Local possui mercearias e igrejas; JCPE não sabe precisar o número exato da população - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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Quem passa pela Rua Carlos Gomes, no Bairro da Madalena, nem imagina que, por trás dos muros do Jockey Club de Pernambuco, há uma estrutura que se assemelha a de uma cidade. O próprio JCPE não sabe precisar ao certo quantas pessoas moram no local, mas garante que a grande maioria possui alguma ligação com a instituição. Seja como filhos de ex-treinadores ou de ex-jóqueis, por exemplo.

A maioria das casas fica por trás da pista aonde acontecem as competições. Segundo os próprios moradores, grande parte das moradias é fruto de invasões.

No centro da comunidade há um campo de futebol, principal área de lazer. Existem também mercearias e igrejas evangélicas, além de um depósito de gás. O local é marcado pela falta do asfalto e por vielas estreitas que levam até a Avenida Abdias de Carvalho. A população divide as ruas com os cavalos, que sempre são levados para passear. O motivo? Evitar o estresse dos bichos. 

Alexandre Amado, de 49 anos, vive desde os 13 na comunidade. Sempre trabalhou no Jockey Club. Já foi treinador, jóquei e hoje ocupa a função de cuidador no Stud RR. Há 36 anos morando no local, Alexandre diz que uma semana como essa, que antecede o GP Bento Magalhães, é vivida com intensidade pelos moradores.

“Semana de Bentão é outra coisa. Todo mundo fica ansioso pra chegar logo. Eu nunca perdi um em toda a minha vida”, afirmou Alexandre. 

Outro antigo morador do JCPE é o comerciante Ronaldo Matos. Ele tem 33 anos e sempre viveu na Madalena. Perguntado sobre a sua relação com o Jockey Club, Ronaldo enche o peito para falar enquanto se divide entre um atendimento e outro no seu comércio. 

“Eu tinha um bar antigamente, mas não deu certo. Aí montei essa mercearia aqui. O Bento é algo de maluco. Vem gente de fora para cá e o Jockey Club fica fervendo. Eu nunca perdi uma corrida. Pode ser apenas um páreo, mas eu estou lá pra assistir”, disse o morador, dono da Mercearia Jockey. 

PRESENÇA GARANTIDA NO DOMINGO

Ambos garantem que marcarão presença no GP de domingo. Moram a menos de 500 metros da pista, o que ajuda na decisão. Pagarão um ingresso de R$ 30 para ver e torcer por seus cavalos favoritos. 

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