O programa balístico da Coreia do Norte representa "um novo grau de ameaça", afirma o ministério da Defesa do Japão em um relatório anual publicado nesta terça-feira (8), no qual Tóquio também alerta para as ambições militares da China.
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"Desde o ano passado em particular, o Norte, que realizou dois testes nucleares e disparou mais de 20 mísseis balísticos, representa um novo grau de ameaça", destaca o ministro da Defesa, Itsunori Onodera, na introdução do livro de orientação estratégica.
Onodera, que acaba de ser nomeado para o governo de Shinzo Abe e que já havia ocupado o cargo entre 2012 e 2014, classifica o perigo norte-coreano como "maior e iminente", retomando uma expressão já utilizada no passado.
"É provável que com o tempo aumente o risco de instalação de mísseis balísticos dotados de ogivas nucleares com capacidade de alcançar nosso país", insiste o documento.
Sanções impostas a Coreia do Norte
O Conselho de Segurança da ONU aprovou no sábado (5) por unanimidade uma resolução que reforça consideravelmente as sanções impostas a Coreia do Norte.
No livro, o Japão reitera igualmente a preocupação ante o desejo de Pequim de ampliar sua influência militar na região.
"Estamos extremamente preocupados com o impacto sobre o entorno da segurança regional e mundial quando (a China) continua formulando reivindicações unilaterais incompatíveis com a ordem internacional existente", lamenta Onodera.
A principal divergência territorial entre as duas potências diz respeito a um pequeno grupo de ilhas situado ao nordeste de Taiwan, controladas pelo Japão com o nome de Senkaku, mas reivindicadas pela China, que as designa como Diaoyu.