A Coreia do Norte não negociará sobre sua armas nucleares enquanto o governo dos Estados Unidos prosseguir com suas ameaças, afirma um comunicado oficial da agência norte-coreana de notícias KCNA divulgado nesta segunda-feira (7) e que condena as novas sanções da ONU.
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"Não vamos colocar nosso (programa) de dissuasão nuclear na mesa de negociações enquanto perdurarem as ameaças dos Estados Unidos", afirma o comunicado. "Nunca daremos um passo atrás no fortalecimento de nosso poder nuclear", completa a nota oficial.
Pyongyang também criticou as sanções votadas no sábado pelo Conselho de Segurança da ONU, que constituem, segundo o regime norte-coreano, "uma violação violenta de nossa soberania".
O Conselho de Segurança aprovou sanções contra a Coreia do Norte para tentar frear as ambições nucleares do regime e que, caso implementadas em sua totalidade, privariam Pyongyang de um terço de sua arrecadação com exportações (um bilhão de dólares por ano).
O texto foi aprovado por unanimidade. A China, principal aliado da Coreia do Norte e maior parceiro comercial, também votou a favor da medida.
Antes da votação na ONU, Pyongyang ameaçou fazer Washington "pagar o preço de seu crime".
"Se os Estados Unidos acreditam que estão em segurança porque um oceano nos separa, nada poderia ser um julgamento mais equivocado do que isto", completa o comunicado, que também ameaça os países "que colaboraram com os Estados Unidos" nesta resolução, que deverão "prestar contas".